No seguimento de 3 anos do estudo CoreValve US Pivotal em pacientes idosos e de alto risco, a válvula autoexpansível mostrou um benefício duradouro em relação à cirurgia.
Estes achados poderiam pressupor que esta válvula seja o tratamento de escolha em pacientes de alto risco cirúrgico com estenose aórtica severa sintomática.
O trabalho incluiu 797 pacientes (idade média 83,2 anos) e já havia mostrado que em um ano a válvula autoexpansível apresentava um benefício em termos de mortalidade por qualquer causa com respeito à cirurgia (14,2% vs. 19,1%; p=0,04). Em dois anos a diferença observada tinha sido ainda maior para a CoreValve (22,2% vs. 28,6%; p=0,04) que foi consistente em todos os subgrupos.
No seguimento de 3 anos os resultados clínicos estiveram disponíveis para 92% da população sobrevivente de cada grupo. Comparada com a cirurgia, a CoreValve manteve uma diferença numérica a favor, mas já não alcançou a significância.
O TAVI também mostrou uma menor taxa de AVC e eventos combinados.
Por outro lado, aqueles que receberam TAVI tiveram três vezes mais complicações vasculares que os que receberam cirurgia e o dobro de chances de requerer um marca-passo.
Os que receberam cirurgia mostraram mais sangramento maior e insuficiência renal aguda.