Gentileza do Dr. Carlos Fava.
Os pacientes com doenças oncológicas têm sido excluídos de todos os estudos, mas muitos de ditos pacientes têm uma expectativa de vida superior a um ou dois anos e a estenose aórtica pode ser um problema para o tratamento que devem receber.
Analisaram-se 2.744 pacientes que receberam TAVI. Dentre eles, 222 (8,1%) apresentavam câncer.
Os pacientes que apresentavam câncer eram mais jovens, mais frágeis, com menor nível de albumina sérica, menos eventos cardiovasculares e um STS menor.
O câncer mais frequente foi o gastrointestinal, seguido do câncer de próstata, mama, hematológico e de pulmão.
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O acesso femoral foi mais utilizado nos pacientes que não apresentavam câncer. Não houve diferenças quanto a complicações relacionadas ao procedimento, a não ser por uma maior taxa de sangramento nos pacientes que apresentavam câncer.
Em 30 dias a mortalidade foi similar, mas em um ano foi maior nos pacientes que apresentam câncer (15% vs. 9%; p < 0,001). A metade dos casos de óbito se relacionou com a evolução do câncer, o que, por sua vez, ocorreu nos casos de estágio III-IV (HR: 2,37; 95% intervalo de confiança: 1,74 a 3,23; p < 0,001), mas não nos de estágio I-II.
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Em um terço dos pacientes oncológico que sobreviveram após um ano se observou remissão/cura.
Conclusão
Nos pacientes com câncer, o TAVI está associado a uma evolução similar a curto prazo, mas com uma pior progressão a longo prazo em comparação com os pacientes que não apresentavam dita doença. Nos pacientes que apresentam a doença a mortalidade é maior devido ao câncer a à sua malignidade progressiva, que opera como um forte preditor. É importante estabelecer que em 85% dos casos os pacientes sobreviveram ao primeiro ano e um terço deles estava em remissão/cura da doença.
Gentileza do Dr. Carlos Fava.
Título original: Transcatheter Aortic Valve Replacement in Oncology Patients With Severe Aortic Stenosis.
Referência: Uri Landes, et al. J Am Coll Cardiol Intv 2019;12:78–86
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