O padrão de crescimento de cada placa difere de acordo com a presença de certas características de risco. O volume de ateroma basal foi o preditor mais importante de que essas placas se transformariam com o tempo em lesões obstrutivas e não em outras características consideradas historicamente como “perigosas”.
O objetivo deste trabalho foi analisar se o padrão de progressão das lesões não obstrutivas poderia diferir de acordo com certas características.
Ainda debatemos se ditas características representam simplesmente uma fase diferente na história natural da doença ou se têm a capacidade de antecipar sua progressão.
Este registro multinacional e prospectivo incluiu pacientes consecutivos com lesões coronarianas não obstrutivas (< 50%) que foram submetidos a angiotomografias seriadas com intervalos de ao menos 2 anos.
As placas de alto risco foram definidas como aquelas com 2 ou mais das seguintes características: remodelamento positivo, nódulos calcificados e hipoatenuação. A porcentagem de obstrução por angiografia quantitativa e o volume de ateroma basal foram comparados no tempo entre as placas de alto risco e as que não apresentavam tais características.
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Em 1297 pacientes (idade média 60,3 ± 9,3 anos) foram identificadas 3049 placas não obstrutivas, dentre as quais 425 cumpriam os critérios de alto risco e 2624 não.
Na análise multivariada ajustada, o volume de ateroma e a porcentagem de obstrução basal foram as únicas características que puderam predizer de maneira independente a progressão das placas (p < 0,05 para ambas). As características consideradas de alto risco não se associaram com a progressão no tempo.
Conclusão
Cada placa não obstrutiva tem seu padrão morfológico individual e apenas o volume de ateroma e a porcentagem de obstrução basal puderam predizer sua progressão no tempo. As características consideradas de risco, inclusive combinadas, não puderam predizer a progressão das placas.
Título original: Differences in Progression to Obstructive Lesions per High-Risk Plaque Features and Plaque Volumes With CCTA.
Referencia: Sang-Eun Lee et al. JACC Cardiovasc Imaging. 2020 Jun;13(6):1409-1417. doi: 10.1016/j.jcmg.2019.09.011.
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