A vacina BNT162b2 (Pfizer/BioNTech) demonstrou previamente 95% de eficácia contra a infecção por COVID-19. Esta eficácia foi variando com o surgimento das diferentes variantes e, neste momento, sua utilidade contra a cepa Ômicron – a mais prevalente na atualidade – é desconhecida.
Para realizar este trabalho, foram comparadas amostras de soro obtidas de participantes que tinham recebido as duas doses do esquema vs. participantes que tinham recebido as três doses.
Os exames de microneutralização contra a variante selvagem (beta), a Delta e a nova Ômicron foram realizados em dois grupos de trabalhadores da saúde.
Um grupo tinha recebido o esquema completo convencional com duas doses (165,6 dias desde a aplicação da segunda) e um segundo grupo tinha recebido a terceira dose (média de 25 dias desde a aplicação).
Aqueles trabalhadores da saúde que receberam o reforço com a terceira dose mostraram uma maior neutralização, tanto do tipo selvagem como das outras três variantes, em comparação com os que receberam somente duas doses.
No entanto, observou-se uma menor capacidade da vacina para neutralizar, tanto com duas quanto com três doses, as variantes de interesse, incluindo a Ômicron.
Leia também: A variante Ômicron coloca novamente os sistemas de saúde no limite, mas com esperanças.
Isso não deve nos desanimar, já que a terceira dose multiplicou por 100 a capacidade de neutralizar o vírus, embora esse número esteja abaixo da eficácia se compararmos com outras cepas.
Por último, a durabilidade da terceira dose contra a COVID-19 é desconhecida.
nejmc2119358Título original: Third BNT162b2 Vaccination Neutralization of SARS-CoV-2 Omicron Infection.
Referência: Ital Nemet et al. N Engl J Med. 2021 Dec 29. Online ahead of print. doi: 10.1056/NEJMc2119358.
Subscreva-se a nossa newsletter semanal
Receba resumos com os últimos artigos científicos