A resposta é contundente: sim, vale a pena. Em todas as faixas etárias estudadas a taxa de confirmados para COVID-19 e doentes severos foi significativamente mais baixa naqueles que receberam a terceira dose da vacina BNT162b2 (Pfizer/BioNTech) em comparação com aqueles que receberam somente duas doses.
Após os promissores resultados iniciais da 3ª dose da vacina de RNA mensageiro nas pessoas com 60 anos ou mais, Israel decidiu gradualmente expandir a indicação a pessoas mais jovens que tinham recebido a segunda dose pelo menos 5 meses antes.
Reuniram-se os dados de mais de 4 milhões e meio de pessoas de 16 anos ou mais que tinham recebido a segunda aplicação da vacina pelo menos 5 meses antes.
Foram levadas a cabo duas análises: por um lado, estudou-se a taxa de doentes confirmados com COVID-19, doentes severos e mortos do grupo que tinha recebido a 3ª dose pelo menos 12 dias antes (grupo reforço); esse grupo foi comparado com aqueles que tinham um esquema convencional. Também foi feita uma análise secundária para aqueles que receberam o reforço entre 3 e 7 dias (reforço precoce).
A taxa de contágios confirmados foi mais baixa no grupo reforço em comparação com os que receberam somente duas doses por um fator de aproximadamente 10. Os casos confirmados foram menores no grupo reforço que no grupo precoce.
Leia também: Eficácia da 3ª dose da Pfizer contra a Ômicron.
A taxa de doença severa em ambas as análises foi quase 20 vezes menor no grupo reforço. Esse fator foi cada vez mais alto de acordo com a idade da população estudada (de mais de 20 vezes nos pacientes de 60 anos ou mais vs. 3,7 naqueles entre 40 e 59 anos).
Conclusão
Em todos as faixas etárias estudadas, a taxa de pacientes confirmados ou com doença severa por COVID-19 foi significativamente mais baixa entre os que receberam a 3ª dose da vacina em comparação com os que receberam o esquema convencional.
nejmoa2115926Título original: Protection against Covid-19 by BNT162b2 Booster across Age Groups.
Referência: Yinon M. Bar-On et al. N Engl J Med. 2021 Dec 23;385(26):2421-2430. doi: 10.1056/NEJMoa2115926.
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