EuroPCR 2024 | CALIPSO: OCT vs. angiografia para guiar o tratamento de lesões calcificadas

A presença de lesões calcificadas piora o prognóstico do tratamento coronariano percutâneo, já que predispõe a maior taxa de reestenose, trombose e necessidade de nova revascularização. 

EuroPCR 2024

O objetivo deste trabalho foi avaliar a superioridade de guiar o procedimento com OCT com um algoritmo de manejo pré-especificado em comparação com o tratamento com angiografia convencional, bem como avaliar a segurança da OCT. 

Efetuou-se um estudo randomizado de superioridade no qual foram incluídos pacientes com lesões coronarianas estáveis, calcificações moderadas a severas (calcificação de Mintz) e aptas para o cruzamento com cateter de OCT. Foram excluídos pacientes com choque cardiogênico, síndrome coronariana aguda (SCA), insuficiência renal e lesões não cruzáveis. 

Na comparação com a angiografia convencional, o uso de OCT mudou a escolha do dispositivo de preparação da placa, melhorou a colocação do stent e aumentou a área luminal mínima (MSA média de 6,9 ± 1,9 mm² vs. 5,3 ± 1,7 mm²). Além disso, não aumentou nem a quantidade de contraste utilizado (180 ml vs. 184 ml) nem a duração do procedimento (63 minutos vs. 64 minutos).

Dr. Omar Tupayachi

Dr. Omar Tupayachi.
Membro do Conselho Editorial da SOLACI.org.

Referência: Presentado por Nicolas Amabile, en Late-Breaking Clinical Trials, EuroPCR 2024, 14-17 de mayo, Paris, Francia.


Subscreva-se a nossa newsletter semanal

Receba resumos com os últimos artigos científicos

Mais artigos deste autor

Estudos CRABBIS: Comparação de distintas sequências para a técnica de stent provisional

A técnica de stent provisional stent (SP) é o padrão ouro para a intervenção coronariana percutânea (ICP) na maioria dos pacientes com lesões coronarianas...

Estudo Andromeda: metanálise de balão eluidor de fármacos vs. stents em lesões de novo de pequenos vasos

O uso de stents coronarianos em comparação com a angioplastia com balão simples (POBA) permitiu reduzir o recoil e a dissecção limitante de fluxo...

QFR vs. FFR: é seguro diferir a revascularização coronariana? Resultados da subanálise do Estudo FAVOR III

No caso de lesões coronarianas intermediárias recomenda-se fazer a avaliação funcional para a tomada de decisões sobre a revascularização. Atualmente existem distintos índices utilizados...

Registro FRANCE TAVI: eventos coronarianos após o TAVI

Entre 30% e 70% dos pacientes submetidos implante percutâneo da valva aórtica (TAVI) apresentam doença coronariana (DC). No entanto, o impacto prognóstico da DC...

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Artigos Relacionados

Congressos SOLACIspot_img

Artigos Recentes

Estudos CRABBIS: Comparação de distintas sequências para a técnica de stent provisional

A técnica de stent provisional stent (SP) é o padrão ouro para a intervenção coronariana percutânea (ICP) na maioria dos pacientes com lesões coronarianas...

Reviva nosso evento sobre Evidências e Controvérsias da Denervação Renal em 2025

Você já pode assistir ao nosso evento realizado em conjunto com a Medtronic, intitulado "Evidências e Controvérsias da Denervação Renal em 2025." O evento contou...

Bloqueio do ramo esquerdo após o TAVI, qual é o seu impacto?

Gentileza do Dr. Juan Manuel Pérez. O bloqueio do ramo esquerdo (BCRE) é uma complicação frequente após o implante percutâneo da valva aórtica (TAVI), que...