Este anticorpo monoclonal humano especialmente dirigido a células inflamatórias parece reduzir eventos cardiovasculares quando conjugado com terapia médica ótima segundo este novo estudo apresentado no Congresso Europeu de Cardiologia e publicado simultaneamente no New England Journal of Medicine.
O estudo CANTOS incluiu 10.061 pacientes com infarto prévio e altos níveis de proteína C reativa (≥ 2 mg/dL), e mostrou que o tratamento com 150 mg de Canakinumab a cada 3 meses reduziu o risco relativo de infarto não fatal, AVC não fatal ou morte cardiovascular em torno de 15% comparado com placebo (p = 0,021).
Esta droga parece afiançar o conceito de prevenção secundária personalizada, onde para os pacientes com proteína C reativa elevada a resposta seria diminuir a inflamação com Canakinumab e para aqueles com LDL elevada seria possível pensar em um inibidor do PCSK9.
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O Canakinumab tem como alvo a interleucina-β, uma citocina envolvida na resposta inflamatória que parece ter múltiplos papéis no desenvolvimento das placas ateroscleróticas (atividade pró-coagulante, promove a adesão de monócitos e leucócitos a células endoteliais e o crescimento de células musculares lisas).
Título original: Antiinflammatory therapy with canakinumab of atherosclerotic disease.
Apresentador: Ridker PM.
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