Os pacientes com histórico de fibrilação atrial que se encontram em tratamento com varfarina ou qualquer dos novos anticoagulantes diretos que são admitidos no hospital cursando um infarto agudo do miocárdio não apresentam um risco acrescido de sangramento quando se realiza a angiografia e a angioplastia. E mais ainda, este subgrupo de pacientes anticoagulados mostrou uma mortalidade intra-hospitalar menor que o grupo controle.
A análise de 6.471 pacientes cursando um infarto com supradesnivelamento do segmento ST e 19.954 pacientes cursando um infarto sem supradesnivelamento incluídos no registro ACTION mostrou que 71,3% dos pacientes com fibrilação atrial não recebem nenhum anticoagulante, 15,7% deles recebem varfarina e 13% recebem algum dos novos anticoagulantes (rivaroxabana, apixaban, edoxabana ou debigatrana)
Não se observaram diferenças significativas no risco de sangramento entre os pacientes anticoagulados e os que não receberam anticoagulação. Isso é válido tanto para os infartos com supradesnivelamento do segmento ST quanto para os que não apresentaram supradesnivelamento.
Leia também: “PRESERVE: o bicarbonato EV e a N-acetilcisteína oral não previnem a nefropatia por contraste”.
O uso de varfarina se associou a uma redução de 22% do risco de morte intra-hospitalar e os anticoagulantes diretos se associaram a uma redução de 39% (ambos comparados com não anticoagulação).
Título original: Management and outcomes of myocardial infarction in the age of direct oral anticoagulants for atrial fibrillation: a report from the NCDR ACTION Registry-GWTG.
Referência: Feldman DN et al. American Heart Association 2017 Scientific Sessions. November 12, 2017.
Receba resumos com os últimos artigos científicosSubscreva-se a nossa newsletter semanal
Sua opinião nos interessa. Pode deixar abaixo seu comentário, reflexão, pergunta ou o que desejar. Será mais que bem-vindo.