Título original: Impact of a High Loading Dose of Atorvastatin on Contrast-Induced Acute Kidney Injury. Referência: Quintavalle et al. CIRCULATIONAHA.112.10331, 2012
Os pacientes incluídos neste estudo representam um subgrupo com insuficiência renal crônica (IRC) inscritos no NAPLES II trial, que foram randomizados para atorvastatina 80 mg 24 horas antes de uma angioplastia (n=202) em contraste com o grupo de controle (n= 208).
Todos os pacientes receberam doses elevadas de N-acetilcisteína e hidratação com solução de bicarbonato de sódio. Foi utilizada cistatina C sérica como valor de laboratório para determinar a função renal. Foram analisados os efeitos in vivo e in vitro da atorvastatina na lesão renal aguda.
Um aumento> 10% na concentração do soro de cistatina C no prazo de 24 horas após a exposição ao contraste ocorreu em 9 pacientes (4,5%) do grupo de atorvastatina em comparação com 37 pacientes (18,4%) do grupo de controle (p=0,0005). Esta diferença corresponde a uma redução de 78% do risco de desenvolvimento de nefropatia por contraste. A atorvastatina reduziu o risco em diabéticos (OR 0,62 p=0,002), em não diabéticos (OR 0,56, p=0,006) e em pacientes com filtração glomerular entre 31 e 60 ml/min/1, 73 m2 (OR 0,13 p<0,001).
Por outro lado, o risco não se alterou em pacientes com filtração glomerular
Conclusão:
Uma dose elevada de atorvastatina administrada 24 horas antes da exposição ao contraste é eficaz na redução do risco de lesão renal aguda.
Comentário editorial:
O risco de nefropatia por contraste varia dependendo da população e as percentagens que têm sido relatadas variam de menos de 1% até mais de 50%. A ação das estatinas em nível das vias das proteínas quinases nos proporciona uma ferramenta a mais para a prevenção de nefropatia por contraste. Uma das limitações do estudo é o uso de cistatina C sérica em vez de creatinina sérica para determinar a função renal.
Cortesia da Dr Gustavo Hidalgo.
Fellowship de Cardiología Intervencionista.
Fundación Favaloro
Dr. Gustavo Hidalgo.