Os novos stents farmacológicos de hastes ultrafinas estão mostrando um menor risco de galha da lesão alvo graças a uma menor taxa de infarto agudo do miocárdio e uma taxa similar de revascularização segundo esta metanálise que será publicada proximamente no Circulation.
Dita diferença se evidencia em um ano de seguimento comparando-se com a clássica segunda geração com a qual acreditávamos que já estávamos em um platô difícil de superar, principalmente depois da frustração com os stents bioabsorvíveis.
A segunda geração contemporânea demonstrou ser claramente superior à primeira graças a hastes mais finas e polímeros mais biocompatíveis, com os quais se conseguiu reduzir a injúria vascular e a inflamação promovendo uma endotelização mais rápida e diminuindo ao mesmo tempo a proliferação miointimal e a trombose.
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Os novos DES com polímeros bioabsorvíveis ou diretamente livres de polímero ainda tinham que mostrar mais evidência, já que quase todos os trabalhos foram para provar a não inferioridade em relação ao clássico DES eluidor de everolimus.
Nesta metanálise foram incluídos 10 estudos randomizados nos quais se compararam os novos stents de hastes ultrafinas (< 70 mícrons) vs. a 2ª geração com hastes algo mais grossas em um total de 11.658 pacientes. Os dispositivos incluídos foram o Orsiro (Biotronik), o MiStent (Micell) e o BioMime (Meril) para o grupo dos ultrafinos (entre 60 e 65 mícrons) e, por outro lado, o stent Xience (Abbott), o Resolute Integrity (Medtronic) e o Nobori (Terumo) para o grupo com hastes mais grossas (81 a 120 mícrons).
O desfecho primário foi a falha da lesão alvo, uma combinação de morte cardiovascular, infarto relacionado ao vaso alvo ou revascularização justificada pela isquemia que em um ano foi significativamente mais baixa para os dispositivos com hastes ultrafinas (RR 0,80; IC 95% 0,65 a 0,99). Dita diferença esteve conduzida basicamente por uma menor taxa de infartos relacionados com os novos stents (RR 0,80; IC 95% 0,65 a 0,99) e uma tendência a menos trombose do stent (RR 0,72; IC 95% 0,51 a 1,01). Não houve diferenças em revascularização justificada por isquemia.
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Estes novos stents de hastes ultrafinas poderiam estar resignando força radial, motivo pelo qual talvez não sejam os ideais para lesões muito calcificadas, ostiais ou oclusões totais. Todos os subgrupos anteriormente mencionados estiveram claramente pouco representados nos estudos clínicos.
Os resultados foram consistentes em todos os trabalhos, motivo pelo qual se poderia assumir um efeito de classe a favor das hastes ultrafinas.
Título original: Newer generation ultra-thin strut drug-eluting stents versus older second-generation thicker strut drug-eluting stents for coronary artery disease: a meta-analysis of randomized trials.
Referência: Bangalore S et al. Circulation. 2018; Epub ahead of print.
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