ACC 2020 Virtual | TAILOR PCI: indicar clopidogrel com base nos genes não muda a história

Este interessante trabalho nos deixa um sabor amargo pelo fato de não poder alcançar seu desfecho primário. Utilizar o genótipo para individualizar o tratamento com um inibidor do receptor P2Y12 em pacientes cursando uma síndrome coronariana aguda ou estáveis pós-angioplastia programada em comparação com o tratamento convencional com clopidogrel não diminui o risco de eventos isquêmicos em 12 meses. Outra linda teoria que não resiste à realidade. 

TAILOR PCR | Clopidogrel

Muitos estavam esperando este trabalho para dar a resposta definitiva sobre a eficácia de conhecer o genótipo, já que há alguns meses foi publicado o POPular Genetics que demostrou a não inferioridade da genética vs. um tratamento com ticagrelor ou prasugrel, mas sem conhecer esta informação. 

Em um ano e meio foi observada uma redução de 34% do desfecho primário combinado (morte cardiovascular, infarto, AVC, trombose definitiva ou provável do stent e isquemia recorrente e severa) com a estratégia guiada pelo genótipo da CYP2C19 (basicamente saber se existia uma diminuição em sua função) vs. a estratégia convencional clopidogrel (4,0% vs. 5,9%; HR 0,66; IC 95%: 0,43-1,02). Os mencionados 34% não alcançam a significância estatística já que o objetivo era atingir 50%.

Título original: TAILOR PCI: tailored antiplatelet initiation to lessen outcomes due to decreased clopidogrel response after percutaneous coronary intervention.

Referência: Pereira N et al. Presentado en forma virtual en el ACC 2020.


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