Quando parecia que o mais simples tinha melhores resultados continuaram os estudos com a técnica de DK Crush. Com efeito, com os resultados do estudo COVIS III em bifurcações, aparentemente começamos a dar marcha ré e voltamos às bases.
O propósito deste trabalho foi comparar os resultados de longo prazo de uma estratégia ultra simples de um stent no vaso principal sem recruzar vs. uma abertura adicional do óstio do vaso acessório cruzando com um segundo guia e finalizando com kissing baloon.
Os pacientes que foram submetidos a angioplastia coronariana em uma bifurcação (incluindo o tronco da coronária esquerda) com a estratégia de um só stent foram incluídos neste registro.
Dos mil, cento e noventa e quatro pacientes foram divididos em uma técnica ultra simples de implante de stent no vaso principal (n = 1.685, isto é, 76,8%) vs. abrir o óstio do vaso acessório recruzando e realizando kissing balloon (n = 509, isto é, 23,2%). A tacha de falha do vaso alvo (combinação de morte cardíaca, infarto e revascularização do vaso alvo) foi analisada em seguimento de 5 anos.
As características angiográficas dos pacientes que foram submetidos a kissing balloon foram mais severas, embora o diâmetro luminal final no vaso acessório tenha sido maior.
Após 5 anos de seguimento a taxa de falha do vaso alvo foi similar entre os dois grupos (7% vs. 6,7%; p = 0,947).
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O mesmo é válido para o subgrupo com lesão do tronco da coronária esquerda (9,5% vs. 11,3%; p = 0,442) e com lesões classificadas como Medina 1.1.1, 1.0.1 e 0.1.1 (5,3% vs. 7,8%; p = 0,362). Esta últimas habitualmente são as chamadas bifurcações verdadeiras.
Conclusão
Uma estratégia ultra simples em bifurcações com implante de um só stent sem recruzar mostrou resultados comparáveis à dilatação com kissing balloon final em um seguimento a longo prazo.
j-jacasi-2021-04-002Título original: 5-Year Outcome of Simple Crossover Stenting in Coronary Bifurcation Lesions Compared With Side Branch Opening. COBIS III
Referência: Cheol Hyun Lee et al. JACC: Asia 2021;1:53–64.https://doi.org/10.1016/j.jacasi.2021.04.002
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