Na sessão TAVI tivemos uma apresentação conduzida pelo Dr. John P Vavalle (USA), diretor do programa estrutural da universidade de Carolina do Norte em Chapel Hill.
Em sua apresentação o doutor mostrou até onde se pode chegar a estender os limites do implante percutâneo da valva aórtica, mostrando brevemente casos bem-sucedidos:
- Um primeiro caso com um anel muito grande de > 900 mm2 tratado com válvula Sapien S3 de 29 mm.
- Um segundo caso de insuficiência aórtica pura sem calcificação no anel com colocação de uma S3 DE 26 mm.
- Um terceiro caso de extrema tortuosidade no qual se realizou a colocação bilateral de guias Lunderquist acompanhados de um introdutor hidrofílico longo e com um sistema de avanço snare, o que possibilitou a realização do procedimento.
- Para finalizar a sessão, um caso de aorta muito horizontal no qual se enfatizou a importância de realizar valvoplastias agressivas e contar com sistemas deflectáveis de delivery.
Posteriormente veio a apresentação sobre TAVI em bicúspides.
Compartilhou-se, então, o crescimento da estratégia transcateter em pacientes bicúspides, baseando-se no registro TVT.
Também, por meio de uma análise feita pelo Dr. Makka et al, evidenciou-se que em comparação com pacientes tricúspides, os bicúspides não apresentaram diferenças em termos de morte, AVC, regurgitação paravalvar nem complicações do procedimento, o que demonstra a eficácia do TAVI. Ressaltou-se aqui que essas análises incluíram pacientes muito seletos (com uma anatomia muito favorável para a realização de TAVI), que são distintos dos pacientes que podem ser encontrados na prática clínica, motivo pelo qual deve-se esperar resultados de longo prazo.
É importante a correta caracterização da anatomia bicúspide, observando-se que aqueles pacientes com rafe e leaflets calcificados tiveram um pior resultado. Levando em conta invariavelmente o tamanho e a forma do anel, que habitualmente vêm acompanhados de um nascimento coronariano baixo e anômalo.
Posteriormente o Dr. Jose Merino (México) falou sobre o TAVI no anel calcificado e analisou como aumenta a complexidade do tratamento, observando-se complicações como regurgitação paravalvar, anormalidades da condução, ruptura do anel e risco de oclusão coronariana.
Como planejar o tratamento em um paciente com severa calcificação valvar? No planejamento é necessário avaliar a carga de cálcio, sua assimetria, extensão tanto rumo à raiz aórtica como à via de saída do ventrículo esquerdo, bem como a landing zone.
Dr. Omar Tupayachi.
Membro do Conselho Editorial da SOLACI.org.
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