Título original: A Multicentric Experience with Open Surgical Repair and Endovascular Exclusion of Popliteal Artery Aneurysms. Referência: R. Pulli et al. European Journal of Vascular and Endovascular Surgery, Volume 45, Issue 4, Pages 357-363.
As complicações de um aneurisma poplíteo podem ser ruptura, embolização distal e trombose colocando em risco, qualquer uma delas, o membro inferior afetado. É por isso que está recomendado tratamento eletivo dos aneurismas assintomáticos maiores de 20 mm. A cirurgia tem bons resultados embora recentemente também surgiu a possibilidade da exclusão endovascular com stents graft.
Este é um registro multicêntrico retrospectivo que analisou os resultados de 312 aneurismas poplíteos (178 tratados em forma cirúrgica e 134 endovascular) em um período de 10 anos.
A escolha da estratégia esteve a cargo dos médicos tratantes embora existiram claras diferenças especialmente na apresentação clínica. Um 71% dos tratados em forma endovascular encontravam-se assintomáticos. Aconteceu o contrário com os que receberam tratamento cirúrgico, dos quais 64.5% encontravam-se sintomáticos por claudicação ou isquemia aguda.
No grupo endovascular utilizaram-se stents graft (Hemobahn ou Viabahn , W.L. Gore & Associates Inc, Flagstaff, AZ, USA) implantados mais frequentemente por acesso homolateral.
No grupo cirúrgico observaram-se 6 tromboses agudas (3.3%), 3 das quais puderam ser resolvidas e outras 3 precisaram de amputação maior. No seguimento em 12, 24 e 48 meses a permeabilidade primária deste grupo foi de 78.8%, 77.1% e 63.4% respectivamente.
Para o grupo endovascular as tromboses foram 7 (9.7%), todas puderam ser resolvidas exceto por um paciente que precisou de amputação maior. A permeabilidade primária do tratamento endovascular aos 12, 24 e 48 meses foi de 79.1%, 76.9% e 73.4% respectivamente.
Conclusão:
Neste, que é o maior registro sobre aneurismas poplíteos, tratamento cirúrgico ou endovascular foi utilizado em diferentes pacientes, preferindo a estratégia cirúrgica para a apresentação aguda e a endovascular para os assintomáticos. Ambas estratégias mostraram bons resultados tanto a curto como a longo prazo.
Comentário editorial:
Não é possível comparar diretamente os resultados de ambas estratégias já que a apresentação clínica foi a maioria das vezes oposta. Para o grupo cirúrgico os resultados foram melhores quando utilizada veia autóloga em lugar de prótese. Atualmente não temos estudos randomizados sobre este tema.
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