Título original: Patient radiation exposure during percutaneous endovascular revascularization of the lower extremity. Referência: Einat Segal et al. Journal of Vascular Surgery. Article in press.
A revascularização percutânea tem surgido como primeira línea de tratamento na doença vascular periférica tanto para pacientes com claudicação intermitente como com isquemia crítica. A dose de radiação nestes procedimentos, que costumam ser prolongados, não está bem documentada.
Este estudo retrospectivo avaliou todas as angioplastias a membros inferiores realizadas entre 2006 e 2011 em um centro. Foram registrados o tempo de fluoroscopia e o produto da área (DAP). Foram incluídos 382 procedimentos em 313 pacientes que receberam revascularização de membros inferiores observando-se um significativo maior DAP nos procedimentos realizados sobre as artérias ilíacas primitiva ou externa em comparação com aqueles realizados em território fêmoro poplíteo (179.6 vs 63.2 Gy/cm2; p
O acesso contralateral resulta em um maior DAP que o acesso anterógrado (112.2 vs 42.6 Gy/cm2; p < 0.0001). Na análise multivariada, a localização anatómica da lesão apresentou a associação mais significativa com a dose de radiação (p
Conclusão:
Os procedimentos de revascularização sobre os membros inferiores implicam uma dose considerável de radiação comparável em média a uma tomografia de abdome e pelve. Os procedimentos sobre a pelve implicam uma dose maior que aqueles realizados em território fêmoro poplíteo ou infrapatelar.
Comentário editorial:
Deve levar-se em conta a dose especialmente no procedimentos de recanalização das artérias ilíacas. Para os procedimentos sobre território femoral ou infra patelar levar em conta o acesso anterógrado sempre que for possível. Tanto a dificuldade técnica na punção como a maior chance de complicações vasculares neste acesso devem contra balançar-se com o maior suporte, capacidade de empuxo e agora também menor dose de radiação.
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