Título original: Evaluation of proximal protection devices during carotid artery stenting as the first choice for embolic protection. Referência: Hornung M et al. EuroIntervention. 2014; Epub ahead of print.
Esta série do Hospital CardioVascular Center de Frankfurt incluiu 124 pacientes consecutivos que receberam angioplastia carotídea com sistema de proteção proximal. Nos primeiros 92 pacientes foi utilizado o dispositivo Gore Flow Reversal System (WL Gore; Flagstaff, AZ) e depois deste ter sido descontinuado utilizou-se no resto dos pacientes o Mo.Ma Ultra (Medtronic; Minneapolis, MN).
Todos pacientes receberam, logo da angioplastia, 100 mg de aspirina de por vida e 75 mg de clopidogrel pelo menos por 30 dias.
Um 21% da população apresentava uma lesão sintomática com uma média entre o evento e o procedimento de 50.5 dias. A pré-dilatação foi necessária em 33.1% das lesões e os stents mais comumente utilizados foram o Protege (Ev3 Endovascular; Plymouth, MN; 56.5%) e o Xact (Abbott Vascular; Santa Clara, CA; 24.2%). O end point primário, um combinado de novo acidente isquêmico transitório e acidente vascular cerebral menor ou maior que 30 dias foi observado em um paciente que não teve complicações durante o procedimento mas sofreu uma trombose do stent aos 9 dias logo da alta hospitalar. Foram observados sintomas neurológicos transitórios por intolerância à interrupção anterógrada do fluxo durante o inflado dos balões em 10 pacientes (8.1%) mas estes resolveram rápido e completamente uma vez que o fluxo foi reestabelecido.
Só em 2 pacientes não foi possível utilizar o sistema de oclusão proximal o que resulta em um sucesso técnico de 98.4%. Nenhum dos pacientes apresentou complicações neurológicas.
Conclusão
Os sistemas de proteção proximal são seguros e podem ser utilizados como primeira escolha para a proteção embólica durante uma angioplastia carotídea.
Comentário editorial
A taxa de complicações neurológicas com os sistemas de proteção proximal (tanto em meta análise como em séries atuais) é menor à informada na maioria dos trabalhos que compararam à angioplastia com proteção distal vs endarterectomia. Os resultados deste trabalho, realizado em um único centro com poucos e muito experientes operadores, podem não ser completamente extrapoláveis.
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