Título original: Long-term tolerability of ticagrelor for secondary prevention: insights from PEGASUS-TIMI 54 trial. Apresentador: Bonaca MP.
A maior porcentagem de interrupção prematura do ticagrelor vs. placebo descrita no ensaio PAGASUS-TIMI 54 de pacientes ambulatoriais estáveis com antecedentes de infarto se atribui a quadros mais frequentes de dispneia e hemorragias, segundo um novo estudo.
Entre os pacientes que toleraram o tratamento durante o primeiro ano, os índices de interrupção farmacológica associados aos eventos adversos foram relativamente baixos, em torno de 3% por ano nos seguintes anos.
Os pesquisadores analisaram as interrupções farmacológicas do ensaio, que incluiu 21.162 pacientes estáveis entre 1 e 3 anos depois de sofrer um infarto. Todos receberam doses baixas de aspirina, além de ticagrelor ou placebo. Em linhas gerais, a interrupção prematura aos 3 anos foi maior com a dose de 90 mg 2 vezes por dia seguida da dose de 60 mg 2 vezes por dia de ticagrelor (de 32% e 29%, respectivamente) que com placebo (21%). A maior parte das interrupções estiveram relacionadas com os eventos adversos.
Boa parte das diferenças observadas nas interrupções associadas aos eventos adversos foi o resultado dos índices mais altos de dispneia e hemorragias com ticagrelor. Ao cabo de 3 anos os índices de dispneia fora de 6,5%, 4,6% e 0,8% e os índices hemorrágicos de 7,8%, 6,2% e 1,5% nos grupos de tratamento de 90 mg de ticagrelor 2 por dia, 60 mg de ticagrelor 2 vezes por dia e placebo, respectivamente.