Título original: Utilizing Post-Intervention Fraccional Flor Reserve to Optimize Acute Results and the Relationship to long-Term outcomes.
Referência: Shiv K. Agarwal, et al. JACC Cardiovascular Intervention 2016;9:1022-31
Gentileza do Dr. Carlos Fava.
A medição do fluxo fracionado de reserva (FFR) demonstrou seu benefício e é considerado o Padrão Ouro para a avaliação das lesões intermediárias (Classe IA), mas sua utilização após a angiografia ainda não foi avaliada.
Foram analisados 574 pacientes com 664 lesões, dos quais 45% tinha o antecedente de diabete, 48% possuía lesão de múltiplos vasos e 45% registrava doença difusa.
O grau de obstrução prévia por angiografia quantitativa foi de 73 ± 15%, 96% delas com um FFR ≤ 0,80 e 73% com um resultado do FFR ≤ 0,75. Não houve diferença nas medições com respeito à via de administração de adenosina.
Após a angiografia com resultado angiográfico satisfatório, 21% (143 lesões) apresentaram um FFR (subótimo) ≤ 0,80 (0,75 ± 0,05). Após uma segunda intervenção neste grupo (pós-dilatação com balão, implante de outro stent ou análise da lesão com IVUS ou OCT) o FFR subiu a 0,87 ± 0,06 (p < 0,0001). 9% continuou com FFR subótimo.
Isto se relacionou com maior tempo de procedimento e de fluoroscopia, mas não com maior quantidade de contraste.
O seguimento foi de 31 meses e 19% dos pacientes apresentaram algum evento (62 mortes por qualquer causa, 12 infartos e 60 revascularizações).
Os preditores de MACE foram a síndrome coronária aguda, as lesões difusas e um FFR final ≤ 0,86.
Na análise da curva ROC, o ponto de corte do FFR final preditor de MACE foi ≤ 0,86 (23% vs. 17% p = 0,02), para morte ≤ 0,87 (13,5% vs. 9% p = 0,03) e para TVR ≤ 0,85 (12% vs. 8% p = 0,03).
Conclusão
A medição do FFR pós-angioplastia reclassifica 20% das angioplastias com resultado satisfatório, com requerimento de mais intervenções para obter uma revascularização completa funcional no procedimento índice. O FFR pós ATC é um poderoso preditor independente de evolução a longo prazo.
Comentário editorial
Esta análise nos evidencia o conceito da “Otimização Funcional” da angioplastia, já que 20% dos pacientes apresenta isquemia após uma angioplastia satisfatória.
Seria conveniente identificar os grupos que se beneficiaram com esta estratégia a fim de evitar o prolongamento dos procedimentos de forma desnecessária e diminuir custos.
Gentileza do Dr. Carlos Fava. Fundación Favaloro, Buenos Aires, Argentina.
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