No estudo PARTNER inicial (Placement of Aortic Transcatheter Valves), a mortalidade em um ano foi de 24% nos pacientes de alto risco e de 31% nos inoperáveis. Um relatório recente dos resultados em 30 dias do SAPIEN 3 – que é a última geração da válvula balão expansível – mostrou uma taxa muito baixa de eventos adversos. Faltava, no entanto, informação de períodos de seguimento mais longo sobre o novo dispositivo.
Entre outubro de 2013 e setembro de 2014, 583 pacientes – dos quais 65% eram de alto risco e 35% inoperáveis – foram tratados por acesso femoral (84%) ou por acesso transapical/transaórtico (16%) com o novo dispositivo.
A média de idade da população foi de 83 anos com um escore STS de 8,4%.
A sobrevida em um ano foi de 87,3% para o grupo de alto risco e de 82,3% para o grupo inoperável.
Não foram observados casos de regurgitação paravalvar severa e os pacientes nos quais se observou regurgitação paravalvar moderada (2,7%) mostraram uma maior taxa de mortalidade em um ano. A regurgitação paravalvar leve não teve uma associação significativa com mortalidade.
Na análise multivariada, os preditores de mortalidade no seguimento de um ano foram:
- Um acesso vascular diferente do femoral.
- O escore STS.
- O AVC incapacitante.
Conclusão
Neste grande registro da válvula SAPIEN 3 em pacientes de alto risco ou inoperáveis, observou-se uma taxa de complicações muito baixa que redundou em uma baixa mortalidade em um ano.
Entre os dias 30 e 365, a taxa de insuficiência paravalvar moderada não aumentou e não houve associação entre a insuficiência paravalvar leve e mortalidade.
Título original: One-Year Clinical Outcomes With SAPIEN 3 Transcatheter Aortic Valve Replacement in High-Risk and Inoperable Patients With Severe Aortic Stenosis.
Referência: Howard C. Herrmann et al. Circulation. 2016;134:130–140.
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