O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho de longo prazo das valvas aórticas substituídas por cateter e das valvas cirúrgicas em um seguimento ecocardiográfico longitudinal dos pacientes do PARTNER I.
Foram incluídos todos os pacientes que receberam TAVI ou cirurgia e que tinham um ecocardiograma pós-implante de cinco anos disponível com análise da velocidade pico sistólica, gradiente médio, área valvar, fluxo na via de saída, velocidade intrastent, índice de velocidade por Doppler, grau de regurgitação aórtica, índice de massa ventricular, volume minuto cardíaco e índice cardíaco.
O ecocardiograma pós-procedimento foi comparado com o ecocardiograma de cinco anos em 86 pacientes que receberam TAVI e 48 que foram submetidos a cirurgia convencional. As características basais eram muito similares entre os grupos.
Nos pacientes que receberam TAVI, a área valvar não se modificou significativamente em cinco anos (p = 0,35). O gradiente médio também permaneceu estável (11,5 ± 5,4 mmHg pós-procedimento e 11,0 ± 6,3 mmHg em cinco anos; p = 0,41).
Entretanto, as velocidades pico no nível valvar e na via de saída diminuíram significativamente com o tempo (p = 0,03 e p = 0,008, respectivamente).
Não foram observadas mudanças na insuficiência aórtica total (p = 0,40), tampouco na insuficiência paravalvar (p = 0,26) ou na transvalvar (p = 0,37). O volume minuto cardíaco e o índice cardíaco permaneceram estáveis. Observou-se uma significativa regressão do índice de massa ventricular do ventrículo esquerdo (p < 0,001).
A avaliação longitudinal dos pacientes que receberam cirurgia convencional mostrou uma tendência similar.
Os pacientes de ambos os grupos que sobreviveram ao quinto ano mostraram uma taxa baixa de eventos adversos no seguimento.
Conclusão
O seguimento ecocardiográfico longitudinal do PARTNER I (THE PARTNER TRIAL: Placement of Aortic Transcatheter Valve Trial) mostrou que o desempenho de ambas as valvas (TAVI e cirúrgica) é estável em cinco anos.
Título original: Long-Term Valve Performance of TAVR and SAVR. A Report From the PARTNER I Trial.
Referência: Melissa A. Daubert et al. J Am Coll Cardiol Img 2017;10:15–25.
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