O acesso radial é cada vez mais adotado como o acesso preferido dada a comodidade do paciente, a diminuição de complicações vasculares e hemorrágicas, sua custo-efetividade e a redução da mortalidade em pacientes de alto risco. A maior frequência do uso do acesso radial criou uma preocupação em torno do fato de os operadores/instituições se tornarem menos familiarizados com o acesso femoral.
O objetivo deste trabalho foi determinar se a mudança a favor do acesso radial na prática cotidiana poderia ter piorado os resultados das intervenções realizadas por acesso femoral.
Realizou-se uma análise retrospectiva de 235.250 pacientes submetidos a intervenção por acesso femoral em 92 centros do Reino Unido entre 2007 e 2013. Foi avaliada a taxa de complicações vasculares intra-hospitalares e a mortalidade em 30 dias.
Após ajustadas múltiplas variáveis, não se observou uma associação independente entre a mortalidade em 30 dias e a proporção de pacientes que receberam intervenção radial/femoral em cada centro. Tampouco ao considerar o volume de procedimentos por acesso femoral.
A taxa de complicações vasculares intra-hospitalares foi de 1% e esse evento não se associou com a proporção de pacientes que receberam intervenção por via radial/femoral em cada centro.
Conclusão
A adoção da artéria radial como o acesso de escolha não se associou a uma perda no treinamento ou a um aumento das complicações para punçar a artéria femoral.
Título original: Increased Radial Access Is Not Associated With Worse Femoral Outcomes for Percutaneous Coronary Intervention in the United Kingdom.
Referência: Hulme W et al. Circ Cardiovasc Interv. 2017 Feb;10(2):e004279.
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