Esta metanálise que inclui 14 estudos comparou o consumo de 18F-FDG em PET/CT entre pacientes sintomáticos e assintomáticos e demonstrou um consumo significativamente maior naqueles pacientes com lesões sintomáticas. Embora seja verdade que as imagens PET/CT dos ateromas são uma ferramenta em investigação e sua aplicabilidade na prática clínica está limitada, poderiam, em um futuro não muito distante, aportar informação acerca da biologia das placas mais propensas a terminar em um AVC. Isso seria uma ferramenta a mais para definir uma intervenção em pacientes assintomáticos mas com placas muito inflamadas e eventualmente instáveis.
Em total foram incluídos 539 pacientes entre sintomáticos e assintomáticos no estudo que foram avaliados com PET/CT. Os resultados foram claros: aqueles pacientes com lesões sintomáticas mostraram uma captação significativamente maior do radiotraçador (diferença média 0,94; p < 0,0001).
Aproximadamente 80% dos AVC são de natureza isquêmica, sendo as lesões carotídeas as responsáveis em 10% dos casos. Há muita evidência que prova que a intervenção precoce é a chave para reduzir os AVC em pacientes sintomáticos com lesão carotídea ipsilateral, mas quando as lesões são assintomáticas há poucas ferramentas que apoiem com clareza a intervenção e de fato a maioria dos profissionais está a favor do manejo conservador com a melhor terapia médica disponível. Somente uma pequena proporção de pacientes assintomáticos com lesões carotídeas significativas evoluem com um AVC ou um acidente isquêmico transitório, motivo pelo qual contar com ferramentas para identificá-los pode levar a uma intervenção que reduza o risco de um evento futuro. Esta nova ferramenta poderia ser o consumo de 18F-FDG em PET/CT.
Conclusão
O consumo de 18F-FDG com PET/CT pode desmascarar a inflamação das placas carotídeas e ser um marcador de doença sintomática. Mais estudos são necessários para incorporar estas imagens à prática clínica.
Título original: 18F-FDG Uptake on PET/CT in Symptomatic versus Asymptomatic Carotid Disease: a Meta-Analysis.
Referência: Mohammed M. Chowdhury et al. Eur J Vasc Endovasc Surg (2018). Article in press.
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