Comparada com uma pré-dilatação convencional com balão, a aterectomia rotacional se associa a um maior sucesso do procedimento em lesões altamente calcificadas. Os balões com capacidade para modificar a placa como o Flextome Cutting Balloon ou o AngioSculp Scoring Balloon – entre outros – poderiam alcançar resultados similares à aterectomia rotacional, embora não haja estudos que o comprovem até o momento.
Foram randomizados 200 pacientes com isquemia documentada e lesões em coronárias nativas severamente calcificadas a aterectomia rotacional ou balões de corte para preparação da lesão, seguido sempre do implante do stent eluidor de sirolimus com polímero bioabsorvível (Orsiro).
O estudo que se apresentou no TCT 2018 e que foi simultaneamente publicado no Circulation teve 2 objetivos: por um lado, o sucesso da estratégia (poder implantar o stent com < 20% de estenose residual e fluxo TIMI 3) e, por outro, a perda tardia de lúmen em 9 meses.
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O sucesso do procedimento foi superior na estratégia que utilizou aterectomia rotacional (81% vs. 98%; p = 0,001) com um custo de uns 5 minutos mais de fluoroscopia, em média. A perda tardia de lúmen foi não inferior entre as duas estratégias. A necessidade de revascularização e a trombose definitiva do stent foram baixas e similares em ambas as estratégias.
Conclusão
Preparar lesões severamente calcificadas com aterectomia rotacional resulta em um maior sucesso do procedimento em comparação com a utilização de balões com corte. A experiência para saber quando usar como estratégia inicial a aterectomia rotacional se adquire com o tempo, da mesma forma que o momento preciso de quando realizar o “crossover” quando o mais simples não está funcionando.
Título original: A Randomized Trial Of High-Speed Rotational Atherectomy Prior To Drug-Eluting Stent Implantation In Severely Calcified Coronary Lesions.
Apresentador: Gert Richardt.
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