Segundo o estudo EVOPACS, apresentado no sábado durante as sessões científicas do ESC 2019, em Paris, e simultaneamente publicado no J Am Coll Cardiol, oito semanas de tratamento com Evolocumabe associado a um regime intenso com estatinas em pacientes cursando uma síndrome coronariana aguda reduziram significativamente o LDL e foram seguros em comparação com as estatinas mais placebo.
O impacto clínico de reduzir tão precocemente o LDL com Evolocumabe iniciado durante o período agudo ainda precisa ser investigado, já que este trabalho não teve o poder estatístico para diferenciar eventos clínicos.
Tanto o Evolocumabe quanto o outro inibidor do PCSK9, a Alirocumabe, foram aprovados pela FDA para prevenir eventos cardiovasculares em adultos com doença conhecida, mas não no contexto agudo. O EVOPACS é o primeiro estudo que testa um inibidor do PCSK9 em pacientes agudos.
Neste trabalho foram randomizados 308 pacientes que tinham sido admitidos por síndromes coronarianas agudas (37% com supradesnivelamento do segmentos ST) e se encontravam com um regime agressivo de estatinas a Evolocumabe 420 mg o antes possível após o evento (24 horas para pacientes com supradesnivelamento e 72 horas para os pacientes sem supradesnivelamento do ST) vs. placebo. 84% dos pacientes foram manejados com angioplastia, 7% com cirurgia e 9% com tratamento médico.
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Após 8 semanas o grupo Evolocumabe mostrou 40,7% mais de redução nos níveis de LDL em comparação com o grupo placebo.
O Evolocumabe também impactou em outras frações do colesterol com 26,5% de redução no colesterol total, 34,2% de redução na apolipoproteína B, 34,6% no colesterol não HDL, 20% nos triglicerídeos e um aumento de quase 5% no HDL.
Os resultados no laboratório parecem promissores mas os resultados clínicos não estão disponíveis em drogas que têm um altíssimo custo, o que faz com que este seja somente um estudo interessante mas, por enquanto, muito distante da prática clínica diária.
Título original: Evolocumab for early reduction of LDL-cholesterol levels in patients with acute coronary syndromes (EVOPACS).
Referência: Koskinas KC et al. J Am Coll Cardiol. 2019; Epub ahead of print.
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