Segundo o estudo CASTLE, o stent Orsiro de hastes ultrafinas, polímero biodegradável e eluidor de sirolimus alcança os mesmos resultados em 12 meses que o Xience em angioplastias guiadas por imagens intravasculares. Este trabalho foi apresentado no Congresso EuroPCR 2021 virtual.
Estudos prévios (BIOSTEMI e BIOFLOW V) mostraram inclusive a superioridade do Orsiro sobre o Xience para reduzir as revascularizações da lesão alvo. No entanto, ainda não se sabia o porquê desta diferença; era devido às hastes mais finas, à droga ou ao polímero?
O presente estudo procurou uma explicação tentando eliminar as diferenças na técnica de implante. Assim, foi realizado um emparelhamento utilizando imagens intravasculares para guiar a angioplastia.
Deve-se lembrar que o CASTLE foi realizado no Japão, onde a OCT e o IVUS são utilizados quase sistematicamente.
Foram randomizados 1440 pacientes a angioplastia com o stent Orsiro vs. o Xience entre 2019 e 2020. 98% das angioplastias foram guiadas por imagens intravasculares.
O desfecho combinado de morte cardiovascular, infarto relacionado ao vaso e revascularização da lesão justificada pela clínica em 12 meses foi de 5% para o Orsiro vs. 4,9% para o Xience (ambos abaixo do esperado).
Leia também: EuroPCR 2021 | EBC MAIN: stent provisional vs. 2 stents sistemáticos no tronco.
Estes resultados alcançam o critério de não inferioridade, embora sejam preliminares devido ao fato o seguimento ter sido feito em somente 70% da população.
Os resultados definitivos estarão disponíveis em breve e há planos de continuar o seguimento por 24 e 36 meses.
Título original: A randomised study comparing imaging guided implantation of Orsiro and Xience – CASTLE study.
Referência: Nakamura M. et al. Presentado en el congreso EuroPCR 2021.
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