O Valve in Valve (ViV) parece ser uma melhor opção do que a reoperação em válvulas disfuncionais. Embora ainda seja necessário gerar mais evidência de longo prazo para responder a perguntas relacionadas, por exemplo, com a durabilidade, a estratégia é cogitada como opção em pacientes jovens.
O valve in valve para tratar próteses cirúrgicas disfuncionais mostrou uma menor mortalidade intra-hospitalar em comparação com repetir a cirurgia. Esse benefício foi parcialmente compensando devido às re-hospitalizações registradas em 30 dias e em um ano.
Também devemos frisar que não foram observadas diferenças em termos de AVCs intra-hospitalares, distúrbios de condução ou necessidade de novo marca-passo.
Este trabalho foi uma análise retrospectiva publicada recentemente no EuroIntervention que incluiu pacientes entre 2016 e 2018 (uma população bem contemporânea).
Um fenômeno ou tendência que estamos observando nos últimos anos é que com o aumento do ViV, os cirurgiões começaram a aceitar casos que antes rejeitavam, com o conseguinte aumento simultâneo das reoperações.
É bem verdade que precisamos de mais evidência na população com prótese disfuncional. Um estudo retrospectivo como este nos traz muita informação, mas são poucos os dados nele plasmado que são indiscutíveis. A mortalidade (o desfecho mais forte do estudo) foi de 1,2% para ViV e de 3,4% para reoperação.
Leia também: O tamanho importa no V-in-V a longo prazo.
O registro do STS mostrou mortalidades a curto prazo de 3% e de 5%, respectivamente. E tudo o que está sendo publicado, seja em termos de série ou de registro, segue a mesma linha.
ViVTítulo Original: Valve-in-valve transcatheter aortic valve implantation versus repeat surgical aortic valve replacement in patients with a failed aortic bioprosthesis.
Referência: EuroIntervention. 2021 Sep 15;EIJ-D-21-00472. Online ahead of print. doi: 10.4244/EIJ-D-21-00472.
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