Punçar às cegas a artéria femoral não é o ideal se planejamos utilizar um sistema de liberação de grande calibre e um dispositivo de oclusão percutâneo durante o TAVI. O risco de uma punção alta ou baixa ou a presença de algum ramo lateral que possa ser comprometido na punção pode se transformar depois em uma complicação vascular e hemorrágica.
Não existe nenhum estudo randomizado sobre o tema (e provavelmente nunca venha a existir). Em tal sentido, este trabalho, publicado no Circulation Cardiovascular Interventions coletou informação de pequenas séries e plasmou-a nesta metanálise.
As complicações vasculares e hemorrágicas continuam sendo um problema nos pacientes que são submetidos a TAVI, embora tenham diminuído graças ao menor diâmetro dos dispositivos de liberação e à maior experiência com os dispositivos de oclusão.
A metanálise incluiu 8 estudos observacionais com um total de 3.875 pacientes com uma idade média de 82,8 anos, um STS de 5,81 e uma prevalência de quase 25% de doença vascular periférica.
O uso do ultrassom como guia reduziu significativamente o risco de sangramento total (OR: 0,50, IC 95%: 0,35 a 0,73), sangramento maior (OR 0,51, IC 95%: 0,35 a 0,74) e sangramento menor (OR 0,59, IC 95%: 0,38 a 0,91). Também reduziu o sangramento relacionado ao acesso.
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Na falta de estudos randomizados, este trabalho é o melhor que temos, e sugere um potencial benefício da ecografia para guiar a punção. É difícil comprovar isso de forma definitiva, já que muitos operadores contam com uma grande experiência na punção femoral e, além disso, têm o guia angiográfico do acesso contralateral, poupando tempo e custos.
CIRCINTERVENTIONS-121-010742Título original: Ultrasound- Versus Fluoroscopy-Guided Strategy for Transfemoral Transcatheter Aortic Valve Replacement Access.
Referência: Rafail A Kotronias et al. Circ Cardiovasc Interv. 2021 Sep 20; CIRCINTERVENTIONS121010742. Online ahead of print doi: 10.1161/CIRCINTERVENTIONS.121.010742.
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