Em pacientes com anatomia coronariana complexa e não elegíveis para cirurgia o risco de morte a curto prazo com angioplastia é consideravelmente mais baixo que o estimado para a cirurgia. Esses resultados surgem do registro OPTIMUM, apresentado durante as sessões científicas do congresso TCT.
Os bons resultados a corto prazo mostram a importância de tentar a revascularização mediante angioplastia nesses pacientes complexos.
A informação contemporânea do OPTMUM é muito útil, já que os pacientes que aqui recebem o foco foram sistematicamente excluídos dos estudos randomizados realizados nos últimos tempos.
O registro OPTIMUM incluiu 750 pacientes com doença de múltiplos vasos ou do tronco da coronária esquerda rejeitados para cirurgia e que, portanto, foram tratados com angioplastia.
Trata-se de uma população de risco, com 57% de diabetes, 48,2% de infarto prévio, 32,8% com revascularização prévia e 16,4% de pacientes que já tinham sido submetidos a cirurgia.
Além disso, mais de um terço tinha doença renal crônica e 25% estava em classe funcional III/IV.
As oclusões totais foram muito comuns, chegando a quase 60% dos casos.
O Syntax score médio foi de 32,4 mas quase a metade teve um escore > a 33 (45,3%).
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Em 30 dias a mortalidade foi de 5,6%, muito similar aos 5,3% prenunciados pelo STS e aos 5,7 prognosticados pelo EuroSCORE.
Entre os que sobreviveram para além dos 6 meses, observou-se uma significativa melhora na qualidade de vida e na frequência de angina.
Título original: Outcomes of percutaneous revascularization for the management of surgically ineligible patients with multivessel or left main coronary artery disease: primary results from the OPTIMUM registry.
Referência: Kandzari DE et al. Presentado en el congreso TCT 2021.
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