Em pacientes de baixo risco observou-se uma muito baixa incidência de regurgitação mais que moderada, incluindo os pacientes em que o superdimensionamento foi mínimo.
O grau de superdimensionamento da prótese teve um grande impacto em termos de redução da regurgitação paravalvar leve e da necessidade de pós-dilatação sem mudar a hemodinâmica da válvula.
Este trabalho pesquisou o impacto do perímetro e da área medidos por tomografia e o tamanho da válvula escolhida sobre a incidência de regurgitação paravalvar dos pacientes tratados com prótese Sapien 3.
O estudo PARTNER (Placement of Aortic Transcatheter Valves 3) incluiu 495 pacientes de baixo risco cirúrgico com estenose aórtica severa que foram submetidos a TAVI. O tamanho da prótese se baseou na área do anel medida por tomografia.
O superdimensionamento foi de 7,9 ± 8,7% para o anel e de 2,1 ± 4,1% para o perímetro. Observou-se uma incidência muito baixa de regurgitação maior a moderada (0,6%).
A incidência de pacientes com regurgitação maior a leve que necessitaram pós-dilatação foi inversamente proporcional ao grau do superdimensionamento.
Nos pacientes com medidas intermediárias – e que, portanto, poderiam ser receptores de válvulas maiores ou menores –, as válvulas maiores tiveram menor incidência de regurgitação (12,0% vs. 43,4%; p < 0,0001).
Leia também: A 3ª geração de válvulas em anéis grandes e extragrandes.
O tamanho da prótese (mais que o grau de superdimensionamento) teve impacto no orifício efetivo e nos gradientes.
Conclusão
Em pacientes que por seu anel foram candidatos a duas medidas de válvula, escolher a maior medida reduziu a taxa de regurgitação e melhorou o perfil hemodinâmico.
Título original: Impact of Annular Oversizing on Paravalvular Regurgitation and Valve Hemodynamics: New Insights From PARTNER 3.
Referência: Abdul Rahman Ihdayhid et al. JACC Cardiovasc Inter. 2021 Oct 11;14(19):2158-2169. doi: 10.1016/j.jcin.2021.07.018.
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