Sociedade Latino-americana de Cardiologia Intervencionista

Angioplastia pulmonar com balão: evolução no tempo e suas complicações

A angioplastia pulmonar com balão (BPA) tem sido cada vez mais praticada desde que foi implementada como indicação em pacientes com hipertensão pulmonar tromboembólica crônica (CTEPH), alcançando indicação classe 1 na atualidade para o caso de pacientes inoperáveis e/ou com CTEPH residual. A evidência atual sobre este tema não tem o poder estatístico suficiente já que a maioria dos trabalhos são feitos com uma pequena quantidade de pacientes.

¿Han cambiado las complicaciones relacionadas a la angioplastia pulmonar con balón desde sus inicios?

Foi feita uma revisão sistemática dos artigos que reportavam BPA e seus resultados. Além disso, analisou-se a taxa de complicações relacionadas com BPA entre dois períodos, 2013-2017 e 2018-2022.

O desfecho primário (DP) foi a incidência de complicações relacionadas com a BPA, definido como injúria do vaso ou hemoptise, uso de ventilação mecânica ou morte relacionada com o procedimento.

Foram analisados 1714 pacientes com CTEPH, que representaram um total de 7561 sessões de BPA. A média de seguimento foi de 7,3 meses após o procedimento. Quanto aos resultados, a incidência de hemoptise ou injúria do vaso foi de 11,1%, a taxa de edema por reperfusão foi de 6%, a taxa de ventilação mecânica foi de 0,4% e a taxa de mortalidade foi de 1,3%.

Ao serem analisadas as complicações entre os dois períodos, observou-se que a incidência acumulada de hemoptise e injúria do vaso diminuiu de 14,1% a 7,7% (p < 0,01), o edema por reperfusão diminuiu de 11,3% a 1,4% (p < 0,01), a ventilação mecânica diminuiu de 0,7% a 0,1% (p < 0,01) e o mesmo ocorreu com a mortalidade, diminuindo de 2% a 0,8% (p < 0,01).

Conclusão

A BPA está percorrendo sua evolução natural e tornando-se um procedimento seguro com o passar dos anos. São necessários mais trabalhos para melhorar a técnica do procedimento, a escolha do paciente e as características da lesão a tratar.