As placas coronarianas calcificadas (CCP) representam um desafio para a cardiologia intervencionista. A subexpansão dos stents (SU) frequentemente associadas as CCP podem predispor à trombose dos stents ou a reestenose. Atualmente a SU com severas CCP pode ser tratada com a utilização de aterectomia rotacional, aterectomia orbital, cutting/scorring balloon, balões não complacentes de alta pressão ou litotripcia intravascular (IVL).
O objetivo desta metanálise foi investigar a taxa de sucesso no tratamento de IVL de SU com CCP.
O desfecho primário foi a taxa de sucesso da estratégia IVL, definida como adequada expansão dos stents subexpandidos.
Foram incluídos 13 estudo com 354 pacientes. A idade média da população foi de 71 anos e a maioria dos incluídos eram homens. O tempo de acompanhamento foi de 2,6 meses. O sucesso da estratégia foi observado em 88,7% dos casos. A média da área mínima do stent (MSA) foi relatada em 6 estudos; o valor pré-IVL foi de 3,4 mm2 e pós-IVL de 6,9 mm2.
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A média de diâmetro de estenose foi informada em 7 estudos com um valor pré-IVL de 69,4% e pós-IVL de 14,6%. A taxa de complicações intraprocedimento foi de 1,6%.
Conclusão
A modificação da placa com SU devido a CCP com a utilização de IVL demonstrou ser segura, com uma alta taxa de sucesso e muito baixa incidência de complicações.
Dr. Andrés Rodríguez.
Membro do conselho editorial da SOLACI.org.
Título Original: Intravascular lithotripsy for the treatment of underexpanded stents: A meta-regression.
Referência: Caminti et al.
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