A fibrilação atrial (FA) subclínica, de breve duração e geralmente assintomática, costuma requerer monitoramento contínuo a longo prazo por meio de marca-passos ou desfibriladores para sua detecção. Embora a FA subclínica esteja vinculada a um incremento no risco de acidente vascular cerebral, a utilidade da anticoagulação oral como tratamento continua sendo incerta.
Em um ensaio randomizado duplo-cego, designou-se um grupo a tratamento com apixabana e outro a tratamento com aspirina.
O desfecho primário (DP) de eficácia foi a taxa de embolismo sistêmico ou acidente vascular cerebral (AVC), ao passo que o DP de segurança fez foco na taxa de sangramento maior.
A amostra incluiu 4012 pacientes com uma idade média de 76 anos e um escore CHA2DS2-VASC médio de 3,9, com 36% de mulheres. Com relação ao DP de eficácia, a incidência no grupo de apixabana foi de 0,78%, em comparação com 1,24% no grupo de aspirina (HR: 0,63; IC de 95%: 0,45-0,88; p = 0,007). A taxa de sangramento maior foi de 1,71% no grupo de apixabana e de 0,94% no grupo de aspirina (HR: 1,8; IC de 95%: 1,26-2,57; p = 0,001).
Conclusão
Entre os pacientes com FA subclínica, o emprego de apixabana representou um menor risco de AVC ou embolia sistêmica em comparação com a aspirina, embora também tenha se associado com um aumento no risco de sangramento maior.
Dr. Andrés Rodríguez.
Membro do Conselho Editorial da SOLACI.org.
Título Original: Apixaban for Stroke Prevention in Subclinical Atrial Fibrillation.
Referência: Jeff S. Healey, M.D et al.
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