A insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFER) continua sendo um desafio clínico, apesar dos avanços na otimização farmacológica e no uso de dispositivos. O estudo DIGIT-HF avaliou se a adição de digitoxina poderia melhorar os desfechos clínicos nessa população.

Tratou-se de um ensaio multicêntrico, randomizado, duplo-cego e controlado por placebo, que incluiu 1.240 pacientes com ICFER sintomática (NYHA II–IV, FEVE ≤40%) sob tratamento padrão otimizado. O desfecho primário foi um composto de mortalidade por todas as causas e hospitalização por insuficiência cardíaca.
Os resultados mostraram que a digitoxina reduziu o desfecho primário em 18% (HR 0,82; IC95% 0,69–0,98; p=0,03), com uma redução absoluta do risco de 4,6% (NNT=22). O benefício foi consistente em todos os subgrupos pré-especificados, sem sinais relevantes de toxicidade.
Os autores concluíram que a digitoxina constitui uma alternativa terapêutica segura e eficaz para melhorar o prognóstico de pacientes com ICFER, com critérios de inclusão facilmente aplicáveis à prática clínica diária.
Apresentado por Udo Bavendiek em Major Late Breaking Trials, ESC 2025, Madri, Espanha.
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