Veja os artigos mais importantes de 2018 em farmacología e cardiologia clínica – parte 2

1- Como devemos antiagregar os pacientes com AVC-AIT? – Interessantes resultados do estudo POINT

Foi recentemente publicado no NEJM – em simultâneo com sua apresentação no congresso europeu de AVC – o estudo POINT, um esperado ensaio clínico randomizado desenhado para avaliar a eficácia e segurança da dupla antiagregação com aspirina e clopidogrel em pacientes com um AVC isquêmico ou AIT recente.

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2- Qual é a melhor antiagregação na angioplastia primária em 12 meses?

Tanto o prasugrel quanto o ticagrelor mostraram ser superiores em términos de eficácia, reduzindo eventos cardiovasculares maiores com o custo de incremento dos sangramentos. Dito custo é aceitável e o benefício clínico respalda os novos antiagregantes.

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3- ACC 2018 | SMART-DATE: 6 meses de dupla antiagregação é pouco tempo em SCA

Este trabalho comparou 6 vs. 12 meses de doble antiagregação plaquetária (DAPT) em pacientes que tinham sido admitidos cursando uma síndrome coronariana aguda (SCA) e que receberam DES contemporâneos e não encontrou diferenças no desfecho primário combinado. No entanto, ao analisar os componentes do desfecho primários separadamente foram observados mais infartos entre aqueles pacientes que fizeram um esquema curto.

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4- O Novo estudo demonstra que o ticagrelor e a aspirina diminuem a taxa de eventos

Quando pensávamos o tempo de antiagregação plaquetária já estava bem definido para nossos pacientes, o JACC publicou um artigo com evidências de que o ticagrelor somado à aspirina demonstra diminuir substancialmente a taxa relativa e absoluta de eventos com o tratamento a longo prazo, especialmente naqueles pacientes com lesão de múltiplos vasos.

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5- Quanto mais elevado o nível de LDL, maior o benefício da terapia agressiva em termos de mortalidade

Os novos trabalhos que estão surgindo parecem respaldar um limiar de LDL acima do qual se justificaria intensificar ainda mais a estratégia farmacológica que por si só já é bastante agressiva. O fato de sermos mais agressivos com a terapia hipolipemiante implicaria, muitas vezes, acrescentar drogas novas muito mais caras que não chegam a convencer muitos especialistas quando consideram a equação custo/benefício.

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6- É possível a prevenção cardiovascular sem a indicação de aspirina?

O risco de sangramento sempre está presente e no caso da aspirina ele se duplica: por um lado, seu efeito antiagregante e, por outro, seu efeito sobre a mucosa gástrica, que aumenta especialmente o sangramento digestivo alto. É possível atenuar tal efeito? Vários trabalhos estão em andamento explorando a hipótese da prevenção cardiovascular sem o uso de aspirina, inclusive após uma angioplastia coronariana.

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7- ESC 2018 | CLARIFY: Não há benefício na sobrevida com betabloqueadores no seguimento de um ano após infarto

Este é outro estudo que conclui que os betabloqueadores não têm impacto na mortalidade no seguimento de um ano após infarto agudo em pacientes com evolução estável, e que não trazem benefício para a sobrevida em pacientes com cardiopatia isquêmica estável que nunca tiveram infarto.

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8- ESC 2018 | GLOBAL LEADERS: O ticagrelor como monoterapia não supera os esquemas clássicos pós-angioplastia

Deixar a aspirina após o primeiro mês e continuar com ticagrelor como monoterapia não foi melhor que a dupla antiagregação plaquetária padrão (aspirina mais ticagrelor ou aspirina mais clopidogrel) em pacientes que receberam uma angioplastia coronariana.

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9- TCT 2018 | OAC-ALONE: somente anticoagulação após um ano de um stent em pacientes com fibrilação

Até o momento não havia trabalhos randomizados que tivessem avaliado a anticoagulação oral isolada vs. anticoagulação oral mais antiagregação plaquetária em pacientes com fibrilação atrial um ano depois do implante de um stent no contexto de doença coronariana estável. Esta foi a pergunta que tentou responder este trabalho apresentado no TCT 2018 e publicado simultaneamente no Circulation.

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10- Segurança de combinar os novos anticoagulantes e a dupla antiagregação

A fibrilação atrial é a arritmia mais comum e sua associação com o antecedente de infarto agudo do miocárdio ou angioplastia coronariana é bastante frequente. Segundo este estudo (recentemente publicado no JACC) feito em uma população do mundo real, a combinação de anticoagulantes diretos com dupla antiagregação plaquetária diminui significativamente o risco de sangramento e proporciona uma proteção similar em termos tromboembólicos em comparação com os antagonistas da vitamina K combinados com dupla antiagregação.

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