Nos pacientes com doença coronariana ou periférica estável a diabetes aumenta o benefício da combinação de baixas doses de rivaroxabana somada à aspirina vs. somente a aspirina.
Esta análise estava pré-especificada no protocolo do COMPASS e foi apresentada de forma virtual no ACC 2020 e simultaneamente publicada na revista Circulation.
Os pacientes com diabetes mostraram numericamente maiores reduções em termos absolutos do desfecho combinado de MACE (morte cardiovascular, infarto ou AVC) e morte por qualquer causa, ao passo que o aumento do sangramento com a introdução da rivaroxabana não foi maior ao da população não diabética.
O COMPASS original incluiu 27 395 pacientes com doença coronariana estável, periférica ou ambas. O trabalho original foi apresentado no ESC de 2017 e mostrou que a combinação de 2,5 mg de rivaroxabana duas vezes ao dia mais 100 mg de aspirina por dia reduziam o desfecho combinado de eventos e a mortalidade e aumentavam os sangramentos em comparação com somente aspirina.
Leia também: COMPASS: um novo lugar para o rivaroxaban na cardiopatia isquêmica crônica.
Para a presente análise apresentada no ACC 2020 o foco foi feito em 6922 pacientes diabéticos no início do estudo vs. 11 356 não diabéticos.
A diabetes não influiu significativamente nos desfechos mas dado o maior risco basal de eventos, observou-se uma redução numericamente maior à da população geral. Diferentemente dos eventos trombóticos, os sangramentos aumentaram na mesma proporção em diabéticos e não diabéticos.
Por enquanto o aumento dos sangramentos e dos custos econômicos da droga mantêm a rivaroxabana em equilíbrio entre os pontos a seu favor e os pontos contra seu uso.
compas-articulo-originalTítulo original: The role of combination antiplatelet and anticoagulation therapy in diabetes and cardiovascular disease: insights from the COMPASS trial.
Referência: Bhatt DL et al. Circulation. 2020; online before print y presentado simultáneamente en el ACC 2020 en forma virtual.
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