Ressonância vs. FFR em lesões não causantes do infarto

A ressonância (RMN) e o fluxo fracionado de reserva (FFR) têm uma correlação moderada para avaliar lesões não causantes do infarto em pacientes admitidos cursando um infarto agudo do miocárdio e naqueles que foram submetidos a uma angioplastia primária. Para alcançar um grau similar de precisão diagnóstica é necessário fazer uma exaustiva análise quantitativa, semiquantitativa e visual das lesões. 

Resonancia vs FFR en lesiones no culpables del infarto

Este trabalho, que proximamente será publicado no J Am Coll Cardiol Img, pesquisou o grau de concordância entre o FFR e a ressonância para avaliar lesões não causantes do infarto depois de seu acometimento. 

Foram incluídos 77 pacientes que receberam angioplastia primária e apresentavam pelo menos uma lesão não responsável com um grau de estenose intermediário (entre 70% e 90%).  Todos foram avaliados com FFR e RMN um mês depois de ocorrido o infarto. A RMN incluiu no protocolo de imagens a perfusão em estresse e em repouso, imagens de cine e o realce tardio com gadolínio. Toda a análise quantitativa, semiquantitativa e visual da perfusão foi comparada com o FFR tomado com padrão de referência. 


Leia também: Pré-dilatação em TAVI: dados definitivos para deixar de lado as complicações na hora de tomar decisões.


A análise visual por RMN mostrou uma área abaixo da curva de 0,74, o que corresponde a uma sensibilidade de 73% e a uma especificidade de 70%. A análise semiquantitativa teve um resultado similar ao da análise visual. O fluxo de reserva do miocárdio por ressonância foi algo melhor que os demais parâmetros mas esteve longe de ser perfeito (área abaixo da curva de 0,82 com uma sensibilidade de 82% e uma especificidade de 71%). 

Conclusão

A ressonância magnética nuclear cardíaca tem uma modesta correlação com o fluxo fracionado de reserva invasivo em lesões não responsáveis em pacientes que sofreram um infarto agudo do miocárdio. Todos os parâmetros da ressonância mostraram uma performance diagnóstica similar e não parecem suficientes para substituir o FFR. 

Título original: Cardiac Magnetic Resonance for Evaluating Nonculprit Lesions After Myocardial Infarction Comparison With Fractional Flow Reserve.

Referência: Henk Everaars et al. J Am Coll Cardiol Img 2020, article in press.


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