A medida da válvula biológica original impacta na mortalidade a longo prazo, bem como o tipo de válvula percutânea usada nas reintervenções.
A quantidade de pacientes com próteses biológicas que funciona mal aumenta constantemente devido à maior expectativa de vida desta população. O implante percutâneo da valva aórtica para tratar a prótese biológica disfuncional (V-in-V) é uma estratégia cada vez mais utilizada e inclusive poder ser a estratégia de escolha.
Não há informação a grande escala sobre o seguimento a longo prazo destes pacientes, tanto em termos de mortalidade como de reintervenções.
Esta análise recentemente publicada no European Heart Journal incluiu 1006 pacientes que receberam V-in-V com uma idade média de 77,7 ± 9,7 anos e um STS-PROM de 7,3%.
Os pacientes foram tratados tanto com a válvula autoexpansível (CoreValve/Evolut) quanto com a balão-expansível (SAPIEN/SAPIEN XT/SAPIEN 3).
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A sobrevida foi menor nos pacientes com válvulas disfuncionais menores (diâmetro interno > 20 mm) em comparação com os que tinham próteses maiores (33,2% vs. 40,5%, respectivamente; p = 0,01).
Relacionaram-se de maneira independente com a mortalidade as próteses disfuncionais menores (HR 1,07; IC 95% 1,02–1,13), a idade (HR 1,21 IC 95% 1,01–1,45) e o acesso não femoral (HR 1,43 IC 95% 1,11–1,84).
Foram registradas 40 intervenções, algo que foi mais frequente naqueles pacientes com mismatch protético preexistente e com má aposição do dispositivo.
Conclusão
O tamanho da válvula original impacta na mortalidade a longo prazo no valve-in-valve. O tipo de prótese percutânea utilizada no valve-in-valve poderia ter alguma influência na necessidade de reintervenções.
Título original: Long-term outcomes after transcatheter aortic valve implantation in failed bioprosthetic valves.
Referência: Sabine Bleiziffer et al. European Heart Journal (2020) 41, 2731–2742. doi:10.1093/eurheartj/ehaa544.
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