Novo paradigma no tratamento da reestenose intrastent?

Título original: ISAR DESIRE 3: Drug-eluting balloon is best option for restenosis of limus-eluting stents Referência: Dr Robert Byrne. TCT 2012. Miami, Fl.

Primeiro dos ISAR DESIRE demonstrou que os stents medicamentosos (DES) eram a melhor estratégia para tratar a reestenose de um stent convencional, o segundo ISAR DESIRE testou a hipótese de trocar ou não a droga para reestenose de Cypher. Agora que foram desenvolvidos os balões liberadores de paclitaxel tornou-se necessário o terceiro ISAR DESIRE

O estudo ISAR DESIRE 3 foi concebido para responder à pergunta sobre qual seria a melhor estratégia para tratar a reestenose dos DES liberadores de limus. Incluiu 402 pacientes com estenose >50% de um DES do grupo limus (everolimus, sirolimus ou zotarolimus) mais sinais ou sintomas de isquemia e os randomizou para balão liberador de paclitaxel (SeQuent Please B Braun Vascular, Melsungen, Germany), stent liberador de paclitaxel (Taxus Boston Scientific, Natick, MA) ou angioplastia com balão convencional. Foi excluída a lesão de tronco da coronária esquerda, o infarto agudo de miocárdio e o choque cardiogênico. O acompanhamento angiográfico após 6-8 meses mostrou uma reestenose de pelo menos 50% (reestenose binária) de 26.5% para os balões liberadores de paclitaxel, 24% para Taxus (p=0,61) e 56,7% para o balão convencional. A revascularização da lesão alvo foi de 22,1% para balão liberador de paclitaxel, 13,5 % Taxus (p=0,09) e 43,5% balão convencional. Na análise de segurança não houve diferenças em morte, infarto ou trombose da lesão entre os 3 grupos.

Conclusão: 

O balão liberador de paclitaxel foi não inferior ao Taxus, e os dois superiores ao balão convencional para tratar a reestenose intrastent de um DES liberador de limus.

Comentário editorial:

A reestenose dos DES alcançou um platô apesar das novas gerações e embora seja relativamente pouco frequente continua sendo um problema. Depois dos diversos estudos realizados sobre o tema, este muda totalmente a estratégia com a vantagem de não ter uma nova camada de struts na lesão e de encurtar os tempos de antiagregação dupla.

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