Título original: Characteristics of Ischemic Brain Lesions After Stenting or Endarterectomy for Symptomatic Carotid Artery Stenosis : Results From the International Carotid Stenting Study-Magnetic Resonance Imaging Substudy (ICSS-MRI). Referência: Henrik Gensicke et al. Stroke 2013;44:80-86.
Este trabalho é um subestudo utilizando ressonância magnética (RN) do International Carotid Stenting Study (ICSS) que randomizou a angioplastia da carótida (CAS) ou a endarterectomia (CEA) em pacientes com lesões sintomáticas da carótida.
Foram analisados tanto o número de novas lesões por RN quanto o volume, a localização e os subgrupos de pacientes. Foi incluído um total de 231 pacientes (124 pacientes receberam CAS e 107 CEA). A proporção de pacientes com uma lesão por RN foi de 15% para CAS e de 8% para CEA; com de 2 a 5 lesões foi de 19% em contraste com 5%, respectivamente, e foi de 16% com mais de 5 lesões em contraste com 4%, respectivamente. Na análise de subgrupo, o risco relativo foi maior para os pacientes com uma pressão sistólica abaixo de 158 mmHg no momento da randomização, diabéticos, AVC hemisférico como evento indicador e lesão na carótida esquerda.
Quando foi analisado o volume total das lesões por paciente, este foi idêntico entre CAS e CEA (p=0,18), visto que o tamanho médio de cada lesão no grupo CAS foi significativamente inferior ao do grupo CEA (0,02 ml em contraste com 0,08 ml; p<0,0001), o que compensou o maior número.
Conclusão:
Os pacientes com lesões sintomáticas da carótida têm um maior número de lesões constatadas por RM após angioplastia do que após endarterectomia, mas estas lesões são de um tamanho significativamente menor.
Comentário editorial:
O número maior de lesões, mas cada vez de menor tamanho, com CAS é justificado pela microembolia durante o procedimento; no entanto, o efeito clínico dessas pequenas lesões é desconhecido. O mais provável é que as lesões pequenas sejam reversíveis e imperceptíveis em comparação com as lesões maiores. Está sendo pesquisado se estas pequenas lesões poderiam influir na capacidade cognitiva. Os pacientes que sofreram AVC hemisférico tiveram mais lesões novas com angioplastia do que aqueles com acidente isquêmico transitório; no entanto, essa diferença não foi observada na endarterectomia, o que talvez torne esta última a mais segura para tratar pacientes com AVC.
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