Título original: Drug-Coated Balloons for Complex Femoropopliteal Lesions2-Year Results of a Real-World Registry.
Referência:Andrej Schmidt et al. J Am Coll Cardiol Intv. 2016;9(7):715-724.
A superioridade dos balões farmacológicos comparados aos balões convencionais em lesões femoropoplíteas foi demonstrada em estudos randomizados mas somente para lesões curtas e simples. O desempenho dos balões farmacológicos em lesões mais complexas com uma alta taxa de reestenose ainda não está claro.
Analisou-se de maneira retrospectiva a perviedade, a taxa de revascularização da lesão, a melhora clínica e a segurança de 260 pacientes (280 membros inferiores) tratados com o balão eluidor de paclitaxel In.Pact Pacific ou Admiral DCB (Medtronic, Minneapolis, Minnesota) com regressão logística.
Foram tratadas lesões de novo em 51,7% dos casos, 11,1% foram reestenoses e 37,2% foram reestenoses intrastent. O comprimento médio das lesões foi de 24,0 ± 10,2 cm com 65,3% de oclusões totais.
A perviedade primária estimada por Kaplan Meier foi de 79,2% e de 53,7% para todas as lesões em 1 e 2 anos respectivamente enquanto que a liberdade de nova revascularização foi de 85,4% e de 68,6%.
A perviedade primária para aquelas lesões que foram originalmente reestenoses intrastent foi de 76,6% e 48,6% em 1 e 2 anos, respectivamente.
A categoria Rutherford melhorou de uma média de 3,3 basal a 1,2 a 1 ano e 1,1 a 2 anos.
A taxa de amputação maior em 2 anos foi de 2,1%. Não se observaram eventos adversos atribuíveis ao balão farmacológico.
Conclusão
Estes resultados sugerem que os balões farmacológicos são seguros e efetivos em retardar mais que evitar a reestenose em lesões longas, complexas e do território femoropoplíteo.