O objetivo deste estudo foi comparar os resultados clínicos em relação à duração da terapia antitrombótica tripla em pacientes com indicação de anticoagulação oral que recebem angioplastia coronária. O tempo prudente para prescrever a manutenção das três drogas não está estudado.
Entre 2009 e 2013, 8.772 pacientes consecutivos submetidos a angioplastia coronária foram incluídos no registro Bern PCI. Dos 568 pacientes sob anticoagulação deste registro, 245 (43%) receberam alta com indicação de um mês de esquema triplo e 323 (57%) receberam alta com um regime de mais de um mês (média 5,1 ± 3,3 meses). O desfecho primário foi uma combinação de morte cardíaca, infarto agudo do miocárdio, AVC, trombose definitiva do stent ou sangramento maior TIMI (Thrombolysis in Myocardial Infarction) em um ano.
Os pacientes submetidos a somente um mês de esquema triplo foram mais frequentemente mulheres com quadros clínicos estáveis, com maior risco de sangramento e receberam stents farmacológicos com menor frequência.
Na análise multivariada, o desfecho primário foi similar entre os grupos (HR: 1,07; IC 95%: 0,56 a 2,06; p = 0,84). Estes resultados foram consistentes quando se estratificou a análise de acordo com a apresentação clínica do tipo de stent.
Não houve diferença no desfecho secundário de sangramento ou em sangramento BARC ≥ 3 e no desfecho secundário isquêmico (morte cardíaca, infarto agudo do miocárdio, AVC ou trombose definitiva).
Conclusão
Neste estudo observacional, um mês de terapia antitrombótica tripla foi similar no que diz respeito aos resultados clínicos, comparando-se com um esquema mais prolongado.
Título original: Duration of Triple Antithrombotic Therapy and Outcomes Among Patients Undergoing Percutaneous Coronary Intervention.
Referência: Konstantinos C. et al. J Am Coll Cardiol Intv. 2016;9(14):1473-1483.
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