Nova geração de stents farmacológicos: já está sendo testada e é segura

Nova geração de stents farmacológicosEste trabalho avaliou a segurança e eficácia dos novos stents farmacológicos (Medtronic, Santa Rosa, Califórnia) para tratar lesões coronarianas de novo.

 

Os novos stents livres de polímero têm o potencial de melhorar os resultados clínicos e permitir um tempo de dupla antiagregação plaquetária mais curto. Além disso, estão confeccionados com três camadas de um arame contínuo no qual a camada externa é de cromo-cobalto, a média é de tântalo e a interna está recheada com sirolimus. Pequenos orifícios feitos com laser na superfície abluminal controlam a eluição da droga.

 

O estudo RevElution selecionou 100 pacientes com lesões coronarianas de novo em artérias com um diâmetro de referência de entre 2,25 e 3,5 mm e um comprimento ≤ a 27 mm em duas coortes de 50 pacientes para seguimento angiográfico, ultrassonografia intravascular (IVUS) e clínico em 9 e 24 meses. Além disso, em um grupo de 30 pacientes, foi feita tomografia de coerência ótica (OCT) nos mesmos períodos de tempo.

 

O desfecho primário foi a perda tardia de lúmen em 9 meses, em comparação com os dados históricos do stent eluidor de zotarolimus Resolute.

 

Cinquenta pacientes com 56 lesões foram tratados com o novo dispositivo eluidor de droga na coorte com seguimento de 9 meses. A perda tardia de lúmen foi de 0,26 ± 0,28 mm para o stent eluidor de droga e de 0,36 ± 0,52 mm para o Resolute (p para no inferioridade < 0,001). A reestenose binária foi de 0%. A cobertura de struts por OCT foi de 91,4%, 95,6% e 99,1% em 1 mês, 3 meses e 9 meses, respectivamente.

 

A falha da lesão alvo em 9 meses foi de 2,1% e não se observou nenhuma trombose intrastent.

 

Conclusão

Em 9 meses, o stent eluidor de droga livre de polímero foi seguro e efetivo com uma alta taxa de cobertura precoce dos struts e uma perda tardia de lúmen não inferior ao Resolute.

 

Título original: First-in-Human Evaluation of a Novel Polymer-Free Drug-Filled Stent Angiographic, IVUS, OCT, and Clinical Outcomes From the RevElution Study.

Referência: Stephen G. Worthley et al. J Am Coll Cardiol Intv 2017;10:147–56.


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