Evolut R: resultados clínicos seriam melhores que os da 1ª geração de CoreValve

corevalve evolutRDois artigos recentemente publicados no JACC Cardiovascular Interventions mostraram os resultados de curto prazo (30 dias) dos pacientes tratados com a nova geração da valva autoexpansível Evolut R, da Meditronic, que teria várias vantagens com relação à CoreValve original, entre elas, a possibilidade de ser recapturada. Ambas as análises reportaram uma taxa similar de morte por qualquer causa e AVC.

 

O estudo, que tem como autor principal o Dr. Jeffrey Popma, mostrou os resultados em 241 pacientes que não eram candidatos apropriados a cirurgia (embora fossem operáveis) e que foram incluídos no registro CoreValve Evolut R US Clical Study. Em 30 dias, a taxa de morte por qualquer causa foi de 2,5% e a taxa de AVC incapacitante foi de 3,3%. O sangramento maior ou com comprometimento da vida ocorreu em 7,1% dos pacientes.

 

No outro trabalho publicado, o Dr. Kalra analisou uma população de 264 pacientes consecutivos da vida real que participaram do registro do Reino Unido e da Irlanda. O resultado foi uma mortalidade por qualquer causa em 30 dias de 2,3% e uma taxa de AVC de 3,8% (nenhum desses AVC foi incapacitante).

 

No registro do Reino Unido a taxa de marca-passos foi de 14,7 e os mesmos foram implantados em uma média de 3 dias após o procedimento. No trabalho dos Estados Unidos a taxa de marca-passos foi de 16,4%.

 

A diferença mais notória entre ambos os trabalhos foi com a regurgitação paravalvar, onde um trabalho mostrou uma taxa de regurgitação moderada ou severa de 7,7% e o outro não só foi numericamente menor (5,3%) mas apresentou casos de regurgitação moderados e não reportou nenhum de grau severo.

 

A nova geração de CoreValve chamada Evolut R é uma valva recapturável e reposicionável que utiliza um introdutor de somente 14 Fr.

 

Para o registro europeu, a média de idade dos pacientes foi de 81 anos e o EuroSCORE foi de 19,9. Aproximadamente 40% dos pacientes receberam sua valva sem anestesia geral e somente com uma sedação, em concordância com a tendência mundial de minimalismo no que diz respeito ao tema.

 

Ambos os trabalhos reportaram uma taxa baixa de complicações vasculares (entre 5 e 7%), o que era esperável para um dispositivo de somente 14 Fr.

 

A taxa de marca-passos de ao redor de 25% na primeira geração de CoreValve foi claramente melhorada com Evolut R, deixando a nova valva bastante mais perto dos números da valva balão expansível.

 

Quando surgem estes resultados com a Evolut R, já está disponível em alguns lugares a seguinte geração, chamada Evolut R PRO, que conta com uma cobertura de pericárdio porcino para reduzir a taxa de regurgitação paravalvar.

 

Título original: Early clinical outcomes after transcatheter aortic valve replacement using a novel self-expanding bioprosthesis in patients with severe aortic stenosis who are suboptimal for surgery.

Referência: Popma JJ et al. J Am Cardiol Intv 2017;10:268-275 y Kalra SS et al. J Am Cardiol Intv 2017;10:276-282.


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