DARE: os balões farmacológicos concorrem com os DES para tratar as reestenoses intrastent

Gentileza da SBHCI.

O balão eluidor de paclitaxel SeQuent Please tem um resultado angiográfico não inferior quando comparado com o stent eluidor de everolimus Xience para tratar reestenose intrastent.

DARE: los balones farmacológicos compiten con los DES para tratar la reestenosis intrastent

Em 6 meses, a área luminal mínima foi de 1,71 mm com o balão farmacológico e de 1,74 mm com o Xience, diferença que alcança o critério de não inferioridade (p < 0,0001). Não foram observadas diferenças no desfecho clínico, embora o trabalho não tenha tido o suficiente poder estatístico para demonstrá-lo.


Leia também: Fentanil na angioplastia: qual é preço de um maior conforto no procedimento?”


Esses achados foram simultaneamente publicados no JACC: Cardiovascular Interventions e concordam com os atuais guias europeus que dão uma recomendação classe IA tanto aos DES quanto aos balões farmacológicos para tratar as reestenoses intrastent de um BMS ou de um DES.

 

O estudo DARE se realizou em 8 centro da Holanda e incluiu 278 pacientes com reestenose intrastent (56% reestenose de um DES). Cerca de 60% dos pacientes se apresentaram cursando uma síndrome coronariana aguda.


Leia também: É possível realizar MitraClip sem anestesia geral”.


Usar um DES resultou em uma área luminal mínima em agudo e em uma menor porcentagem de estenose residual. Ditas diferenças se diluíram com o tempo por uma maior perda tardia de lúmen nos DES (0,45 vs. 0,17 mm; p < 0,001) no seguimento angiográfico dos 6 meses.

 

Gentileza da SBHCI.

 

Título original: A randomized comparison of paclitaxel-eluting balloon versus everolimus-eluting stent for the treatment of any in-stent restenosis: the DARE trial.

Apresentador: José Henriques.


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