O benefício foi dose-dependente e sem importar com o fato de o paciente apresentar ou não insuficiência cardíaca de base.
Os pacientes com infarto prévio e proteína C reativa elevada mostraram uma redução dose-dependente das internações por insuficiência cardíaca com a nova droga anti-inflamatória conhecida como Canakinumab, conforme o apresentado no congresso da AHA e simultaneamente publicado no Circulation.
A diferença entre Canakinumab e o placebo foi significativa somente naqueles pacientes que alcançaram níveis de proteína não reativa < 2 mg/L.
Esta é a primeira evidência de que uma terapia anti-inflamatória, especialmente um inibidor da interleucina 1 b, pode ter efeito sobre a insuficiência cardíaca. O estudo Cantos randomizou 10.061 pacientes com infarto prévio e proteína C reativa ≥ mg/L a Canakinumab 50 mg, 150 mg, 300 mg ou placebo. As doses foram administradas por via subcutânea a cada 3 meses.
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De base, 2.173 pacientes (22%) reportaram histórico de insuficiência cardíaca. Após um seguimento de 3,7 anos, 385 pacientes foram hospitalizadas ao menos uma vez por insuficiência cardíaca. Estes pacientes tenderam a ser mais idosos, com um maior índice de massa corporal, diabetes, hipertensão e cirurgia de revascularização miocárdica prévia.
A redução dose-dependente das internações por insuficiência cardíaca foi na mesma direção e magnitude para os pacientes com histórico ou não de insuficiência cardíaca.
A evolução dos pacientes que receberam placebo foi similar à daqueles cuja proteína não reativa não caiu abaixo de 2 mg/L.
Os custos desta nova droga ultrapassam com folga os resultados. Nos Estados Unidos o tratamento anual com Canakinumab está ao redor de 200.000 dólares.
Título original: Anti-inflammatory therapy with canakinumab for the prevention of hospitalization for heart failure.
Referência: Everett BM et al. Circulation. 2018; Epub ahead of print.
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