Gentileza do Dr. Carlos Fava.
A ATP carotídea com sistema de proteção cerebral (SPC) emergiu como uma alternativa à cirurgia, especialmente naqueles pacientes de alto risco para a mesma.
Na atualidade existe um número significativo de SPC, mas muitas vezes estes podem falhar devido a questões anatômicas, ao diâmetro das partículas que se embolizam ou à dificuldade de posicioná-lo (entre outras razões).
Foram desenvolvidos alguns sistemas com proteção proximal e distal que apresentariam certos benefícios sobre os filtros tradicionais.
Neste estudo, analisaram-se 106 pacientes que receberam ATP carotídea com sistemas de proteção Paladin. O mesmo consta de um balão semicomplacente e um filtro de nitinol que protege as artérias de até 7 mm com uma membrana com poros de 40 µm.
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A idade foi de 70 anos e a maior parte dos pacientes se constituiu de homens; houve 19,3% de diabéticos, 36,3% de sintomáticos, 11,3% de IAM prévio, 9,4% de CRM prévia, 15,1% de endarterectomia, 5,7% de radiação no pescoço. A ATP na carótida direita foi mais frequente.
O resultado foi bem-sucedido em 105 pacientes e não houve nenhum evento no âmbito hospitalar. Após 30 dias um só pacientes apresentou AVC (provavelmente não relacionado com o procedimento). Não houve óbito ou infarto.
Na RMN observaram-se novas lesões isquêmicas em 11 pacientes e novas lesões ipsilaterais em outros 9, sendo o volume da lesão de 0.01 cm3.
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Analisaram-se 46 filtros, observando-se detritos em todos eles. 90% dessas partículas eram inferiores a 100 µm.
Conclusão
A utilização do sistema de proteção Paladin durante a angioplastia carotídea parece ser segura e, talvez, mais efetiva em termos de diminuição das partículas que se embolizam no cérebro. Assim, é provável que possam reduzir o AVC relacionado ao procedimento.
Gentileza do Dr. Carlos Fava.
Título original: Double Filtration During Carotid Artery Stenting Using a Novel Post-Dilation Balloon With Integrated Embolic Protection.
Referência: Ralf Langhoff, et al. J Am Coll Cardiol Intv 2019;12:395–403
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