Segundo este novo trabalho apresentado no domingo nas sessões científicas do ESC 2019 de Paris e simultaneamente publicado no NEJM, a combinação de Sacubitril/valsartana não conseguiu reduzir o risco de re-hospitalizações por insuficiência cardíaca ou morte cardiovascular em pacientes com sintomas de insuficiência cardíaca e fração de ejeção preservada.
Apesar deste resultado negativo ainda restam esperanças para esta droga que poderia preencher o espaço vazio existente no tratamento desta população cada vez mais numerosa.
Após uma média de seguimento de quase 3 anos a taxa do desfecho primário por cada 100 pacientes/ano foi de 12,8 com valsartana/sacubitril vs. 14,6 para somente valsartana (RR 0,87, IC 95% 0,75 a 1,01). Uma tendência a favor, mas sem alcançar a significância.
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Os desfechos secundários que tiveram um caráter exploratório mostraram uma melhora da classe funcional e da qualidade de vida, bem como uma menor chance de deterioração da função renal com a combinação sacubitril/valsartana.
Na análise de subgrupos as mulheres parecem ter um especial benefício. Isso não surpreende, já que são elas quem mais frequentemente apresentam insuficiência cardíaca com função preservada.
Com base nos resultados do PARADIGM-HF, esta combinação de drogas está atualmente aprovada para os pacientes com insuficiência cardíaca crônica com fração de ejeção reduzida (40% ou menos). Neste estudo a combinação sacubritil/valsartana foi capaz de diminuir a taxa de morte cardiovascular e reinternações por insuficiência cardíaca.
Não devemos perder as esperanças nestas drogas para os pacientes com função preservada apesar dos resultados do PARANGON-HF já que, de qualquer forma, não há nenhuma droga testada neste contexto.
Título original: Angiotensin-neprilysin inhibition in heart failure with preserved ejection fraction.
Referência: Solomon SD et al. N Engl J Med. 2019; Epub ahead of print.
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