Esta metanálise que incluiu os 4 grandes estudos randomizados sobre TAVI vs. cirurgia em pacientes de baixo risco foi publicado recentemente no JACC e mostrou que o implante percutâneo se associa de maneira significativa a uma menor mortalidade que a cirurgia em seguimento de um ano.
Estes resultados respaldam ainda mais a evidência de que todo o espectro de risco pode ser tratado com TAVI em vez de cirurgia em pacientes candidatos a uma prótese biológica.
Os 4 estudos randomizados (NOTION, Surtavi, Evolut low risk e Partner 3) foram escolhidos por incluir todos os pacientes com um STS < 4%. O desfecho primário foi a mortalidade por qualquer causa em um ano.
Em total, foram randomizados 2.887 pacientes (1.497 para TAVI e 1.390 para cirurgia) com uma idade média de 75,4 anos e um STS-PROM médio de 2,3%.
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Em comparação com o implante cirúrgico, o percutâneo se associou a um significativo menor risco de morte por qualquer causa (2,1% vs. 3,5%; RR: 0,61; IC 95%: 0,39 a 0,96; p = 0,03) e de morte cardiovascular (1,6% vs. 2,9%; RR: 0,55; IC 95% 0,33 a 0,90; p = 0,02) em um ano.
A taxa de nova fibrilação atrial, sangramento com comprometimento da vida e insuficiência renal aguda foram mais frequentes com a cirurgia, ao passo que a taxa de necessidade de marca-passo definitivo e de regurgitação paravalvar moderada a severa foi mais frequente com o TAVI.
Não foram observadas diferenças significativas entre ambas as estratégias em termos de complicações vasculares maiores, endocardite, reintervenções e classe funcional pós-procedimento.
Conclusão
Nesta metanálise dos grandes estudos randomizados que compararam o implante cirúrgico com o percutâneo observou-se que o TAVI apresenta uma mortalidade por qualquer causa em um ano significativamente menor. Estes resultados respaldam a ideia de que o TAVI seja a estratégia de escolha em todos os pacientes (sem considerar o risco) que apresentem estenose aórtica severa e para os quais se planeje o implante de uma prótese biológica.
Título original: Transcatheter Versus Surgical Aortic Valve Replacement in Low-Risk Patients.
Referência: Dhaval Kolte et al. J Am Coll Cardiol 2019;74:1532–40.
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