O departamento SOLACI Peripheral apresenta um novo caso clínico desafiador para toda a comunidade médica latino-americana. O nosso objetivo é continuar promovendo o conhecimento e o intercâmbio científico entre pares.
Conte-nos sua opinião em relação ao caso bem como sua resolução nos comentários e responda às perguntas que se encontram no final do artigo.
Aneurisma de aorta abdominal justarrenal
Autores: Dr. Luis R. Virgen Carrillo MD PhD / Dr. Carlos Salazar MD / Dr. Rodolfo Siordia Zamorano MD.
Contato: drvirgen@cardiovascular.mx; Twitter: @drluisvirgen
Instituição: Virgen Cardiovascular Research, Guadalajara, México & Cirujanos Cardiovasculares del Noroeste.
-Paciente masculino de 61 anos, anestesiologista, fumante, hipertenso. Inicia com dor abdominal intensa. Diminuição de Hb 14-11 g/dl. Hemodinamicamente estável, pressão arterial 110/60 mm/hg, frequência cardíaca 68 batimentos por minuto. É submetido a angiotomografia de abdome, a qual mostra aneurisma abdominal roto contido (AAAr). Anatomia: aneurisma sem pescoço, justarrenal, com artérias ilíacas pequenas e tortuosas.
Solução do Caso
-Inicia-se algoritmo de atenção para pacientes com suspeita de AAAr. Opta-se por tratamento endovascular percutâneo (técnica de chaminés, “ChEVAR”).
-Em sala de hemodinâmica híbrida faz-se punção percutânea bilateral de ambas as artérias femorais, guiadas por ultrassom e fusão de imagem. Realiza-se pré-oclusão com dois perclose em cada artéria femoral. Procede-se à dissecção de ambas as artérias braquiais e passagem de introdutor flexor 8 fr x 90 cm em cada artéria renal. Faz-se caracterização seletiva de artérias renais e passagem de stent recoberto B graft 8 x 39 BeGraft (Bentley Innomed GmbH, Hechingen, Alemanha) sobre fio-guia magic torque 0,035¨x260 cm em paralelo. Posteriormente faz-se implante de endoprótese Ovation 26 14-15 fr OD, e (AAA Endovascular Graft, Endologix, Califórnia, EUA). O posicionamento é feito por fusão de imagem. Realiza-se enchimento de polímero e posteriormente o implante de ambos os stents B Graft. No final do procedimento observa-se endoleak tipo 1A pelos espaços perichaminé tipo goteira (gutters). Realiza-se nova dilatação com melhora parcial. Decide-se em um segundo momento realizar embolização com Onix.
-O paciente continua sem dor e estável. 24 horas depois faz-se um estudo de ultrassom e não se observa fluxo no saco aneurismático.
-Às 72 horas-1-6-12 meses faz-se angiotomografia, a qual não mostra endoleak. (VÍDEO 2)
Preguntas
- Seu centro conta com um algoritmo de atenção para pacientes com aneurisma roto?
- Em sua opinião qual é o melhor tratamento para o paciente com aneurisma roto: cirúrgico ou endovascular?
- Qual é seu tratamento de preferência em aneurisma justarrenais ou pararrenais?
- Você considera que todos os endoleaks tipo 1 devem ser tratados na sala?
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