Segundo este novo documento recentemente publicado no JACC, a coronariografia por tomografia deveria ser o primeiro estudo para diagnosticar a doença coronariana estável.
Um grupo multidisciplinar de especialistas recomendou que a tomografia deveria ser a primeira linha de diagnóstico em pacientes estável e pedem uma pronta atualização das diretrizes.
Coma evidência acumulada proporcionada pelos estudos anatômicos como o PROMISE, o SCOT-HEART e, mais recentemente, o ISCHEMIA, este comitê de especialistas considera que a tomografia oferece mais vantagens para o manejo dos pacientes.
Apesar da evidência que respalda o benefício e inclusive a economia em termos de custos em pacientes sem doença coronariana conhecida, a realidade é que por cada 60 estudos de câmera gama (SPECT) foi feita somente uma tomografia.
Leia também: Estimação visual para revascularizar as lesões não culpadas.
Isso poderia ser explicado, em parte, pela grande oferta de centros com medicina nuclear e ecocardiograma de estresse, pela ideia histórica de que a função vem antes da anatomia e também por dificuldades administrativas nos sistemas de saúde para pagar tomografias.
Tanto as diretrizes do Reino Unido quanto as europeias em geral foram atualizadas com o uso da tomografia nas síndromes coronarianas crônicas, mas nos Estados Unidos ainda continua imperando a voz da velha escola. Também está a passibilidade de ser escasso o pessoal treinado para interpretar as imagens.
Não está longe o dia em que a tomografia nos substitua por completo e só vamos entrar na sala de cateterismo para os procedimentos terapêuticos.
Título original: Current evidence and recommendations for coronary CTA first in evaluation of stable coronary artery disease.
Referência: Poon M et al. J Am Coll Cardiol. 2020;76:1358-1362.
Receba resumos com os últimos artigos científicosSubscreva-se a nossa newsletter semanal
Sua opinião nos interessa. Pode deixar abaixo seu comentário, reflexão, pergunta ou o que desejar. Será mais que bem-vindo.